Candidatos não apresentam propostas para resolver Previdência, alerta Serafim

Faltando 13 dias para as eleições, o deputado Serafim Corrêa (PSB) questionou a escassez de propostas dos candidatos à Presidência da República referente aos sistemas tributário e previdenciário e criticou o surgimento de propostas como a de recriar um imposto nos moldes da CPMF.

O questionamento foi feito durante o pequeno expediente na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), na manhã desta terça-feira (25).

No dia 19 deste mês, o economista Paulo Guedes, falando pela campanha de um dos candidatos, anunciou para uma plateia restrita, o pacote tributário que pretende implementar no governo caso seja candidato seja eleito, entre eles a recriação de um tributo nos moldes da CPMF, que incide sobre a movimentação financeira. No mesmo dia o próprio candidato se apressou para negar a proposta.

“O nosso sistema tributário é uma maluquice, e ninguém propôs nada. E daí surgem propostas assim, malucas, como recriar a CPMF. Outra, do tipo, juntar cinco tributos em um só. Mas como é que faz isso? Desses cinco tributos, tem três que são federais, um que é estadual e outro que é municipal. Você não faz isso de cima para baixo. Você tem que construir um consenso com os 27 governadores e com 5.500 prefeitos. É algo muito difícil”, analisou Serafim.

O parlamentar, que é líder do PSB na Casa Legislativa, chamou à atenção também para a necessidade do debate sobre a crise da previdência.

“Há 60 anos a expectativa de vida era de 50 anos, hoje aumentamos em 25 anos o nosso tempo de vida, mas isso tem uma consequência. Isso quebra todo o sistema previdenciário. Ninguém propôs nada objetivamente. O que existe em curso, e é positivo, é uma reforma, entre aspas, com a implantação do e-Social, que vai uma reforma da previdência sem ter o nome. Mas vai gerar uma economia de R$ 50 bilhões, ao ano, pelo combate as fraudes, e vai gerar muita insatisfação nas pessoas que indevidamente são beneficiárias de programas sociais. Vai ser uma grita muito grande e vai acontecer a partir de 1° de janeiro do ano que vem”, observou o deputado.