Caso Aylla: Juíz condena médicos por homicídio culposo

Do Portal D24am:

Genesino Braga Neto decidiu que a aplicação de uma dose excessiva de medicamento contribuiu decisivamente para a morte da advogada.

Aylla morreu no dia 11 de agosto de 2006, após ser atendida em um hospital da Unimed. Foto: Arquivo Pessoal

Manaus – O juiz da 10ª Vara Criminal de Manaus, Genesino Braga Neto, condenou os médicos Ageu Carlos Frias Cespedes, Mauro Carvalho de Lima e José Francisco dos Santos Vieira pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, no processo judicial sobre a morte da advogada Aylla Botelho Almeida, que morreu no dia 11 de agosto de 2006. Cabe recurso da sentença.

De acordo com a denúncia da família, Aylla foi atendida no pronto-socorro da Unimed, em Manaus, com crise de asma, foi medicada com Prometasina e liberada. Quando retornava para casa, ela bateu o carro. Aylla foi levada pelo namorado dela ao pronto-socorro da Unimed e atendida por um neurologista, que detectou um corte no joelho direito e deu alta à paciente. Depois de muita insistência do pai, Aylla foi encaminhada à sala de cirurgia, onde teve parada cárdio-respiratória e morreu.

A decisão do juiz Genesino Braga Neto é do dia 6 deste mês. Ele decidiu que a aplicação de uma dose excessiva de medicamento contribuiu decisivamente para a morte da advogada. O juiz condenou Ageu Céspedes, Mauro Lima e José Vieira a 12 meses de detenção. A pena foi substituída por restrição de direitos e prestação de serviços comunitários, além de multa de R$ 25 mil, por danos morais à família de Aylla. O juiz absolveu Enrique Carlos Frias Céspedes, “por não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal”.