Serafim diz que MEC deveria ampliar em vez de cortar repasses às universidades

Serafim diz que MEC deveria ampliar em vez de cortar repasses às universidades

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou, em discurso na manhã desta quarta-feira (15), que em vez de cortar 30% dos repasses às universidades federais, o governo, por meio do MEC (Ministério da Educação), deveria ampliar os investimentos na área de ensino superior e pesquisa.

O parlamentar classificou como absurda a medida do governo e declarou apoio aos protestos das universidades e institutos, que ocorrem nesta quarta-feira, em repudio ao bloqueio dos orçamentos das instituições.

“De maneira atabalhoada, maluca, o ministro da Educação (Abrahm Weintraub) resolveu fazer cortes nas universidades. Eu entendo que as universidades federais precisam de mais recursos. O Brasil está em descompasso na inovação, na ciência e na tecnologia, exatamente por falta de investimento. Isso não significa dizer que esses investimentos não sejam acompanhados, monitorados e fiscalizados, pelo contrário, eles devem ser cada vez maiores. Agora, cortar linearmente 30% dos repasses de todas as universidades é um absurdo”, disse Serafim.

Em nota, a Ufam declarou que o corte de recursos do governo federal terá impacto de R$ 38 milhões no orçamento da universidade, afetando diretamente as despesas de custeio e investimentos previstos para o segundo semestre de 2019.

“E exatamente por isso, eu manifesto aqui da tribuna a minha solidariedade aos professores da Ufam, do Ifam, aos cientistas do INPA, que vivem esse drama do corte de recursos federais, que praticamente inviabilizam o funcionamento desses locais”, afirmou o deputado.

Serafim lembrou que, na terça-feira (14), o governo federal sofreu mais uma derrota na Câmara, que aprovou a convocação do ministro da Educação para dar explicações sobre o corte de repasses às universidades.

O ministro deverá comparecer ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (15). Antes iria se pronunciar na Comissão de Educação, agora, por se tratar de uma convocação, o ministro é obrigado a falar em plenário para os 513 parlamentares.

Texto: Janaína Andrade

Foto: Marcelo Araújo