O cabo da Oi, a nova velocidade da NET e Adam Smith há 235 anos

Na semana passada, a OI lançou o cabo de fibra ótica e passou oferecer Internet mais veloz e a um preço menor.

Esta semana a concorrente NET, até então lerda, chamou a imprensa e anunciou: “Foi necessária uma atualização no sistema para garantir maior velocidade de acesso aos clientes. Agora está assim: Quem assina 100 kbps e 200kbps em Manaus terá 1 mb garantido. Quem assina 1 mb, terá 5 mb a partir de agora. A migração do sistema foi necessária e fizemos isso durante a madrugada”

Tudo isso aconteceu porque se moveu a mão invisível do mercado de que falou Adam Smith no seu livro “A RIQUEZA DAS NAÇÕES” em 1976.

Abaixo, transcrevo da Wikipedia alguns trechos sobre Adam Smith:

“Adam Smith (provavelmente Kirkcaldy, Fife, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi um economista efilósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.[1]

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Autor de “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações”, a sua obra mais conhecida, e que continua sendo como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar “não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu “auto-interesse“.

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: “Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade.” Como resultado da atuação dessa “mão invisível”, o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo.

“ A RIQUEZA DAS NAÇÕES ”

Pouco antes da sua morte, os manuscritos de Smith tinham sido quase totalmente destruídos. Nos seus últimos anos, ele teria planejado dois grandes tratados, um sobre a teoria e história do Direito e outro sobre ciências e artes. Os Ensaios sobre temas filosóficos (1795), posteriormente publicados, contém provavelmente partes do que deveriam ter sido o último daqueles dois tratados.

Riqueza das Nações foi muito influente, uma vez que foi uma grande contribuição para o estudo da economia e para a tornar uma disciplina autônoma. Este livro tornar-se-ia, provavelmente, uma das obras mais influentes no mundo ocidental.

Quando o livro, que se tornaria um manifesto contra o mercantilismo, foi publicado em 1776, havia um sentimento forte a favor do livre comércio, quer no Reino Unido como também nos Estados Unidos. Esse novo sentimento teria nascido das dificuldades econômicas e as privações causadas pela guerra. No entanto, ao tempo da publicação nem toda a gente estava convencida das vantagens do livre comércio: o parlamento inglês e o público em geral continuariam apegados ao mercantilismo por muitos anos.

Riqueza das nações, e também a Teoria dos sentimentos morais, este de menor impacto, tornaram-se ponto de partida para qualquer defesa ou crítica de formas do capitalismo, nomeadamente influenciando a escrita de Karl Marx e de economistas humanistas. Em anos recentes, muitos afirmaram que Adam Smith foi tomado de rapto por economistas liberais (Laissez-faire economists) e que como a Teoria dos sentimentos morais mostra, Smith tinha uma inclinação pelohumanismo.

Tem havido alguma controvérsia sobre a extensão da originalidade de Smith em Riqueza das nações; alguns argumentam que esta obra acrescentou pouco às ideias estabelecidas por pensadores como David Hume e Montesquieu. No entanto, ela permanece como um dos livros mais influentes neste campo até hoje.

A obra de Smith aclamada quer pelo mundo acadêmico como na prática. O primeiro-ministro britânico William Pitt, a braços com a derrocada econômica e social dos anos que se seguiram à independência americana, foi um partidário do comércio livre e chamou Riqueza das nações de “a melhor solução para todas as questões ligadas à história do comércio e com o sistema de economia política“.

A obra Riqueza das Nações popularizou-se pelo uso da expressão da mão invisível do mercado. Segundo Adam Smith os agentes econômicos atuando livremente chegariam a uma situação de eficiência, dispensando assim a ação do Estado para esse efeito. Assim. atuando de forma livre, os mercados seriam regidos como se por uma mão invisível que o regula automaticamente sempre chegando a situação ótima ou de máxima eficiência. Curiosamente a expressão aparece apenas uma vez na obra Riqueza das Nações.

A MÃO INVISÍVEL

Mão invisível foi um termo introduzido por Adam Smith em “A Riqueza das nações para descrever como numa economia de mercado, apesar da inexistência de uma entidade coordenadora do interesse comunal, a interação dos indivíduos parece resultar numa determinada ordem, como se houvesse uma “mão invisível” que os orientasse.

Adam Smith viu na formação de monopólios, ou seja, a concentração de poder do mercado nas mãos de poucos produtores (no extremo apenas um) apoiados por um Estado intervencionista, como um dos perigos ao funcionamento da economia de mercado.

2 thoughts on “O cabo da Oi, a nova velocidade da NET e Adam Smith há 235 anos

  1. Sua observação foi precisa e a sensação de que a mão invisível “pesa” apesar de sua condição aparentemente abstrata.
    Manaus precisa disso, de livre (e acirrada) concorrências, senão para baixar preços, ao menos para aumentar a qualidade dos serviços prestados. Grande abraço. Visite nosso site.

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