Monotrilho e BRT

Por Marcelo Serafim

A população de Manaus vem assistindo de forma atenta as discussões sobre o transporte coletivo em nossa cidade.

De um lado o Governo do Estado insiste na tese do monotrilho como o melhor modelo e, do outro, a Prefeitura de Manaus defende as obras do BRT. Obviamente que a cidade tem sérios problemas no transporte de massa e se faz urgente o inicio das soluções. Ninguém é inocente em achar que num estalar de dedos o problema vai ser resolvido.

Grande cidades no mundo como Sao Paulo, Paris e Nova Iorque lutam até hoje para que seus sistemas funcionem plenamente e nenhuma delas ainda conseguiu êxito total, mesmo Nova Iorque com suas quase 500 estações e Paris com mais de 300 não chegaram no transporte ideal.

É bom lembrar que alguns sistemas existem há mais de cem anos, como é o caso do metrô de Paris e ainda hoje é alvo de melhorias constantes por parte do governo.

Em Manaus, deveríamos estar discutindo o Metrô, que sem duvida alguma possui uma capacidade muito maior de transporte de passageiros e que a longo prazo se mostra menos inviável, eu disse, menos inviável, pois o tão falado monotrilho nao deixa de ser um devaneio de alguém que insistiu em projetar obras faraônicas apenas para ter seu nome perpetuado esquecendo do que será importante para o futuro de Manaus.

Nesse contexto, sou obrigado a concordar que o projeto que a Prefeitura apresenta, o BRT, é mais barato e viável nesse primeiro momento. O melhor caminho, sem dúvida alguma, seria que Estado e Prefeitura sentassem e chegassem a um denominador comum.

O monotrilho é caro e se tornará um elefante branco depois da Copa, além do que é ridículo discutirmos um projeto que o próprio Governo do Estado já admite que não ficará pronto para o mundial. Está na hora de pensarem um pouco mais no povo e menos em placas de inauguração de obras faraônicas que não melhorarão em nada a vida do povo.

Até quinta!