“Leilão do pré-sal foi um desastre”, diz Serafim Corrêa

“Leilão do pré-sal foi um desastre”, diz Serafim Corrêa

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) classificou como “desastre” o resultado do leilão do pré-sal, onde o governo federal esperava receber R$ 106,5 bilhões por quatro áreas de exploração, mas o valor arrecadado foi de R$ 69,8 bilhões. A afirmação foi feita na manhã desta quinta-feira, 7, durante discurso no plenário da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado).

O megaleilão de quatro áreas de petróleo na Bacia de Santos (RJ) foi realizado na quarta-feira, 6. As duas áreas vendidas tiveram proposta única no valor mínimo. Outras duas áreas não tiveram proposta. A Petrobras ficou com 90% da área mais cobiçada – a de Búzios – em consórcio com empresas chinesas. A estatal levou 100% da área de Itaipu, segunda mais cobiçada.

“Foi um desastre, porque o presidente Jair Bolsonaro já começou seu governo hostilizando os árabes, hostilizando os chineses. Aí depois de alguns meses, ele viu que somente os chineses e os árabes teriam dinheiro para investir. Aí fizeram toda uma agenda de viagem dele para a China e para os Emirados Árabes para ver se eles vinham para o leilão do pré-sal, mas o resultado é que eles não confiam no presidente em razão da sua instabilidade emocional e no fim, o leilão foi da Petrobras para a Petrobras”, analisou Serafim.

De acordo com o líder do PSB na ALE-AM, essa é uma mostra do reflexo causado no mercado exterior de uma série de polêmicas e instabilidades do Governo Bolsonaro, que foram somadas ao desequilíbrio das administrações do governador e do prefeito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel e Marcelo Crivella, respectivamente.

“A instabilidade do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é comprovada quando ele desce de um helicóptero comemorando a morte de uma pessoa como se fosse um gol da seleção e a maluquice do prefeito do RJ que quebrou as cancelas da Linha Amarela, quando aquilo era um serviço concedido. Ora, aí os chineses e os árabes devem ter se perguntado sobre a instabilidade. Daí o desastre absoluto do leilão pré-sal”, concluiu o deputado.

Foto: Marcelo Araújo