Gripe suína domina as manchetes desta terça

O Globo: Gripe se alastra no mundo e Brasil mostra despreparo

OMS eleva grau de alerta; país registra 11 casos suspeitos, sendo 2 no Rio

A Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para 4 (numa escala até 6) o grau de alerta da epidemia de gripe suína originada no México. Ontem, o alastramento da doença para a Europa se confirmou. Ao menos 15 países registram casos suspeitos, inclusive o Brasil, com 11 pessoas. Nos EUA, o número de casos confirmados subiu para 47, e o governo recomendou que só em caso de “absoluta necessidade” se viaje ao México. A UE também pediu restrição a viagens. Segundo a OMS, o vírus da gripe é novo, e seriam necessários de quatro a seis meses para desenvolver uma vacina eficaz. Nos aeroportos brasileiros, viajantes que desembarcaram do México ontem, no quarto dia após o alerta da epidemia, queixaram-se da desinformação na chegada. Eles disseram que não foram abordados por agentes da Anvisa nem receberam folhetos. O governo anunciou que vai comprar 100 mil máscaras cirúrgicas. O presidente Lula fez o sinal da cruz ao contar que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou-lhe, da Turquia, que não há casos da doença no Brasil. O medo de uma recessão maior por causa da gripe fez as bolsas caírem 2,04% em São Paulo e 0,64% em Nova York. (págs. 1, 21, 24 e 25 e Míriam Leitão)
Folha de S. Paulo: OMS eleva alerta sobre gripe suína

Para a organização, possibilidade de pandemia cresceu, mas ela é evitável; Brasil tem 11 pessoas em observação

Depois de confirmar 73 casos da gripe suína em quatro países (México, EUA, Canadá e Espanha), a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu aumentar o seu nível de alerta pandêmico de três para quatro, em uma escala que vai até seis.

A fase quatro indica que o vírus mostrou capacidade de transmissão entre humanos e de causar surtos de contágio. «A possibilidade de pandemia aumentou, mas ela não é inevitável”, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

O governo dos EUA passou a desaconselhar viagens ao México, onde o número de mortos pela gripe suína pode chegar a 149. Para o presidente Barack Obama, não há razão para pânico.

No Brasil, passageiros que chegarem com sintomas da doença serão examinados pela Anvisa ainda dentro do avião. Segundo o Ministério da Saúde, o país tem 11 pessoas em observação. (págs. 1 e Mundo)
O Estado de S. Paulo: OMS eleva alerta e ação contra gripe já é global

Anvisa anuncia plano, mas minimiza riscos para o Brasil

A Organização Mundial da Saúde decidiu elevar do grau 3 para o 4 o nível de alerta (que vai até 6) para o risco de uma epidemia pandêmica de gripe suína. O nível 4 indica a transmissão do vírus de pessoa para pessoa, numa intensidade capaz de causar epidemia em pelo menos um país e apontando para o aumento do risco de surto global. Suspeita-se que a gripe já tenha matado 149 pessoas no México, origem da contaminação. Há casos confirmados nos EUA, no Canadá e em vários países europeus. Governos, empresas e a OMS montaram um esquema global para lidar com a ameaça. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou um plano de contingência nos portos e aeroportos, mas descartou, por enquanto, a incidência da gripe suína no País. Apesar disso, muitos passageiros em Cumbica compraram máscaras descartáveis – somente ontem, cerca de 500 foram vendidas nas drogarias do aeroporto. (págs. 1 e A19 a A21)

Recomendações
Automedicação – Não use remédios sem orientação de um médico.
Consumo de carne – Não há registro de contágio por consumo de carne suína.
Máscaras – Só deve usar quem tiver contato com passageiros vindos do México, Canadá e EUA.
Quem chegou de viagem – Procure assistência médica caso apresente febre alta (superior a 38º C) repentina, acompanhada de tosse ou dores de cabeça, dores musculares e nas articulações.

Por ora, remédio é desnecessário

Para especialistas, a ausência de casos no Brasil torna inútil e perigoso tomar medicamentos. (págs. 1 e A20)
Jornal do Brasil: Brasil se prepara contra gripe suína

Onze passageiros que chegaram ao país já são monitorados

Panfletos nos aeroportos e internação de passageiros que chegarem ao Brasil com sintomas da gripe suína: é desta maneira que o Brasil planeja conter o avanço da doença que aparece em pelo menos cinco países. A Anvisa observa 11 pessoas que chegaram do México com sintomas de gripe, mas evita falar em “casos suspeitos”. Com a confirmação do vírus H1N1 na Espanha e na Escócia, a OMS elevou o alerta para nível 4, o de transmissão entre humanos mas ainda não uma pandemia. E adverte: uma vacina deve demorar até seis meses. A já debilitada economia também sofre. Bolsas e commodities caíram. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A7)

Correio Braziliense: Gripe suína põe o Brasil em alerta

Onze brasileiros são suspeitos de terem contraído a doença que levou as autoridades sanitárias a acionarem um alerta global. O avanço do mal obrigou o governo a agir: comprou 100 mil máscaras cirúrgicas a serem distribuídas nos aeroportos e preparou uma campanha preventiva, com divulgação de folhetos informativos. Estima-se que a doença já matou 149 pessoas no México, e há casos confirmados na Europa e nos Estados Unidos. Em depoimento ao blog da Samanta, o promotor de justiça Diaulas Ribeiro, que está no México, relata o medo que se instalou no país. “Acabei ganhando uma máscara do Exército, que distribuiu, em um só dia, 6 milhões” (págs. 1 e Tema do Dia, 20 a 23)

A gripe suína pelo mundo: no México, vítimas sofrem ainda mais por causa de um terremoto de 5,7 graus; na Malásia, autoridades sanitárias aguardam a chegada de um voo de Los Angeles. Na Espanha, jovens procuram hospital
Valor Econômico: Neurose da gripe suína já atinge setor de carnes

Embora não exista evidência de que a gripe suína seja transmitida pela carne de porco, como assegurou a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), os temores de que a doença poderá reduzir o consumo de carnes já atingem diretamente as empresas do setor. Ontem, as ações do frigorífico JBS caíram 12,23% na Bolsa de São Paulo, as da Marfrig, 4,54% e as do Minerva, 9,59%. A JBS tem indústrias de suínos em Iowa, Minnesota e Kentucky, nos EUA. As outras duas empresas não têm. Na Bolsa de Nova York, as ações da Tyson e da Smithfield também baixaram, 8,87% e 12,4%, respectivamente.

Por trás do mau humor dos investidores está a decisão de China e Rússia em suspender as importações de carne suína do México e de alguns Estados americanos que fazem fronteira com o território mexicano. Indonésia e Tailândia também proibiram as importações dos dois países. Para o Brasil, não é possível saber ainda se o impacto econômico será positivo ou negativo, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Se não houver casos no Brasil, “poderá ser positivo”, afirmou. (págs. 1 e A11 a A13)

Gazeta Mercantil: Risco de pandemia afeta o setor de carnes

Já confirmada em cinco países e em suspeita em 12, inclusive no Brasil, a gripe suína atingiu proporções mundiais pela sua elevada capacidade de contaminação entre humanos, o que não ocorria com a estirpe antecessora, a aviária. O diretor-geral da Anvisa, Agenor Álvares, criticou o fato de o México já ter conhecimento de casos desde 15 de março, mas avisar a Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas na semana passada. Mesmo sem possibilidade de contaminação pelo consumo da carne, alguns países começaram a impor restrições a produtores, o que deixa o setor no Brasil em alerta. “Isso pode até acontecer, mas esperamos que a OMS esclareça que a carne não oferece riscos”, diz Pedro de Camargo Neto, que representa exportadores de suínos no Brasil.

Ontem, um embarque da Globoaves, uma das principais exportadoras do Brasil, chegou a ser suspenso por um cliente russo, até que o governo brasileiro esclarecesse a inexistência do vírus. “Após comunicado oficial, os embarques foram retomados”, afirma Roberto Kaefer, diretor-presidente da Globoaves. (págs. 1, B3, B14 e B15)

Estado de Minas: Gripe suína deixa Minas em alerta

Um casal recém-chegado do México e um homem que desembarcou de Boston estão em área de isolamento no Hospital das Clínicas da UFMG. Estado montou força-tarefa e esquema para receber possíveis pacientes. Ministério da Saúde distribuirá 100 mil máscaras cirúrgicas nos aeroportos internacionais. OMS elevou nível de alerta para todo o planeta.

Vírus se espalha

Doença que começou no México se alastra pelo mundo e tem casos confirmados em outros cinco países

Como se proteger

Evitar viagens de risco é uma das principais recomendações. Comer carne de porco não oferece risco.
Jornal do Commercio: Gripe deixa o mundo em alerta

Confirmação de casos até na Europa fez OMS elevar para o surto da gripe suína ao nível 4, no total de 6, mostrando que ameaça de epidemia global cresceu. Brasil investiga duas suspeitas. (pág.1)