Ciro é um projeto nacional

Na próxima quarta feira haverá um encontro entre a direção nacional do PSB e o Presidente Lula. A pauta: ida, ou não, de Ciro Gomes para São Paulo, a fim de ser candidato à Governador.

Sobre o assunto veja o que diz o Blog do Josias:

PSB dirá a Lula que Ciro prefere Planalto a São Paulo

Subiu no telhado o plano de Lula de transformar Ciro Gomes em candidato ao governo de São Paulo em 2010. A cúpula do PSB, o partido de Ciro, decidiu insistir na candidatura do deputado à presidência da República.

A legenda concluiu que cometeria um erro se abdicasse prematuramente de suas pretensões, para se tornar força auxiliar de Dilma Rousseff (PT). Lula tenta reunir todo o consórcio governista em torno de Dilma. Deseja converter a corrida presidencial numa disputa plebiscitária.

De um lado, a “continuidade” da atual gestão, com Dilma. Do outro, a “volta ao passado”, com José Serra (PSDB). Para o PSB, Lula erra ao jogar todas as suas fichas no “tudo ou nada” do primeiro turno. Acha que não são negligenciáveis as chances de derrota.

O ideal, avalia a legenda de Ciro, é que o bloco de Lula compareça às urnas com mais de um candidato, empurrando a disputa para o segundo turno. Na semana passada, em reunião com o governador Eduardo Campos (Pernambuco), presidente do PSB, Lula repassara seus planos em relação a Ciro.

Ficara claro nessa conversa que Lula prefere que Ciro se candidate ao governo de São Paulo, não à presidência. Marcou-se uma nova conversa para esta quarta-feira (12), dessa vez com a participação Ciro, Dilma e dirigentes do PSB e do PT.

Para unificar a posição a ser levada a Lula, Eduardo Campos dividiu suas apreensões com outras lideranças do PSB. Trocou idéias com o próprio Ciro e com outros dois personagens: Renato Casagrande, secretário-geral do PSB; e Roberto Amaral, vice-presidente da legenda.

Houve consenso quanto à conveniência de insistir no projeto presidencial em detrimento da alternativa paulista. O partido não fechará a porta para a estratégia de Lula. Manterá aberta uma fresta para a composição.

Mas dirá claramente que o cenário eleitoral, por volátil, não aconselha a tomada de decisões prematuras. Empurrará a definição para o início de 2010. Lula paga o preço de suas preferências. O PSB é um crítico voraz da hegemonia atribuída ao PT e ao PMDB na gestão Lula.

Não está convencido, de resto, da viabilidade eleitoral de Dilma. Acha sinceramente que a preferida de Lula é candidata a uma derrota se a disputa for plebiscitária. A menos que o favoritismo da ministra se torne acachapante, considera mais adequado manter Ciro na disputa.

A prevalecer essa hipótese, eventuais alianças seriam formalizadas apenas no segundo turno.”