Carta ao governador

Por Marcelo Serafim

Governador, hoje tomo a liberdade de falar publicamente com o senhor sobre o concurso do corpo de bombeiros. Em minha vida, nunca me dirigi ao senhor de forma desrespeitosa ou deselegante, pois entendo perfeitamente as atribuições e obrigações que o cargo lhe confere.

Nunca fui bajulador de ninguém e sempre que tive que criticar os que governam, critiquei. Nunca fugi de minhas responsabilidades por apego a cargos ou espaços políticos. Sempre agi com as minhas convicções, manifestando as minhas opiniões.

Hoje, com a independência que construi ao longo dos anos, como adversário que somos, afirmo-lhe da necessiade de uma reflexão em relação ao concurso do Corpo de Bombeiros. Hoje, se o senhor olhar pela janela do palácio verá, homens e mulheres, pais e mães, acampados em frente a sede do governo, pedindo as suas justas nomeações. Sei que o Estado tem investido bastante em saúde, mas infelizmente, até pelas demandas que existem, ainda estamos muito aquém de nossas necessidades. A sociedade precisa desses profissionais para que possamos melhorar a assistência aos nossos pacientes, e como farmacêutico que sou sei perfeitamente das dificuldades que enfrentamos para alcançar esse objetivo.

Como homem publico digo-lhe da importancia dessa reflexão, pois sei que o Estado pode nomear essas pessoas e todos ganharão: eles, a população e o senhor que vai ver no nosso Estado uma saúde melhor, mais digna e mais ampla. Receba-os e mostre o quanto está comprometido em melhorar o nosso sistema de saúde. Com o tempo verá que o bom conselho foi dado por um adversário, e não por aqueles que insistem em lhe dizer que vivemos no paraíso.

Até quinta!

João Lucio: por falar em saúde não poderia deixar de lhe dizer que a direção desse hospital vem deixando a desejar. Hoje a insatisfação lá dentro é total e o desleixo com a coisa pública salta aos olhos. Não tenha compromisso com o erro de alguém que não pensa no bem servir ao povo quando conversa a porta fechadas com os fornecedores daquele hospital.