As manchetes desta segunda-feira, 18

O Globo: CPI também vai apurar patrocínios da Petrobras

Lula: Investigação é político-eleitoral e coisa de quem não tem o que fazer

A oposição também quer investigar na CPI da Petrobras os patrocínios culturais da estatal com indícios de irregularidades. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) vai requerer cópias dos inquéritos abertos pela Policia Federal e das auditorias do Tribunal de Contas da União. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o uso político-eleitoral e disse que senadores que pediram a CPI “não têm outra coisa para fazer”.

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Folha de S. Paulo: Imposto sustenta sindicatos de fachada

Só 20% das 500 mil indústrias estão associadas a alguma entidade patronal

Os sindicatos patronais vivem uma crise de representatividade. Apenas 20% das 500 mil indústrias brasileiras estão associadas a alguma entidade; em paises desenvolvidos o percentual de adesão chega a 35%.

Empresários, procuradores do trabalho e advogados estimam que 80% dos quase 4.000 sindicatos patronais registrados no Ministério do Trabalho têm pouca ou nenhuma representatividade.

“Eles sobrevivem só para arrecadar o imposto sindical, recolhido de forma compulsória”, diz Laerte Augusto Galizia, advogado que atua há 40 anos na área.

A proliferação de agremiações acontece porque mantê-las é um bom negócio. Em 2008, o setor patronal arrecadou R$ 363 milhões. Os sindicatos ficaram com 60% desse valor. O resto foi para federações, confederações e governo.

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O Estado de S. Paulo: PSDB aceita ouvir Gabrielli, mas não abre mão da CPI

Se não adiantar nada, depoimento perde o sentido, diz ministro José Múcio

Líderes do PSDB afirmaram ontem que o depoimento do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, não será “moeda de troca” para impedir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar supostas irregularidades na estatal. “Não tapo meus ouvidos para ninguém, mas uma coisa não invalida a outra”, disse o líder dos tucanos no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), ao lembrar que a decisão de instalar a comissão já foi tomada. “Ouvi-lo antes ou depois não faz diferença, desde que a CPI seja instalada e caminhe”, concorda o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). O depoimento ainda não tem data definida. O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, admite que os tucanos “estão no direito deles”, mas pondera: “Se não vai adiantar nada, não tem sentido ele (Gabrielli) ir ao Congresso”. A oposição aproveitou o confronto entre a Petrobrás e a Receita Federal por conta de compensações fiscais que renderam R$ 4 bilhões à estatal para aprovar a comissão. Em Riade, na Arábia Saudita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar a oposição. Para ele, trata-se de “questão político-eleitoral”. Segundo Lula, a decisão de 30 senadores que mantiveram a assinatura do requerimento para implantar a CPI é coisa de “quem não tem nada para fazer”.

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Jornal do Brasil: Mais crédito para os bons pagadores

Cadastro positivo reduzirá juro para pessoa física

O Projeto de Lei n° 263/2004, que propõe a criação do cadastro positivo do consumidor, deve ser votado amanhã na Câmara dos Deputados, após cinco anos em trâmite no Congresso Nacional. A proposta, que tem por objetivo baixar ainda mais a taxa de juro nas operações de crédito às pessoas físicas com bom histórico de pagamento de dívidas, é vista pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda como uma importante ferramenta de incentivo ao consumo no país. Até a oposição demonstra estar a favor da iniciativa, que ainda protege a privacidade do consumidor e define punições às empresas que abrirem os dados sigilosos dos clientes.

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Correio Braziliense: Sem direito de ser criança

No Distrito Federal, 23 mil meninos e meninas abandonam a infância para cumprir longas jornadas de trabalho

Desde pequenos, eles colocam em risco a formação física e mental para assumir responsabilidades de adulto. De acordo com levantamento do Centro de Defesa do Direito da Criança e do Adolescente (Cedeca), uma ONG de âmbito nacional, é numeroso o exército de profissionais mirins na capital do país. A sociedade fecha os olhos para histórias como a da adolescente de 15 anos que abandonou a escola para atuar 12 horas por dia como babá na Estrutural. O governo reconhece o problema e garante que desenvolve programas contra o trabalho infantil.

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Valor Econômico: Grande empresa banca crédito a fornecedores

Para evitar descontinuidade na produção motivada pela falta de crédito a seus principais fornecedores, as grandes companhias brasileiras passaram a intermediar o relacionamento entre eles e os bancos. Um dos exemplos é a Vale, que acaba de fechar parceria com o Bradesco para que as pequenas e médias empresas que prestam serviço à mineradora possam descontar de forma automática o que têm a receber da companhia.

Os acordos têm várias formas. Em alguns casos, prevê o desconto das duplicatas de forma automática, com a garantia de pagamento oferecida pelas empresas de primeira linha. Em outros, há o repasse direto dos recursos bancários por meio da antecipação dos pagamentos dentro da cadeia produtiva.

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Gazeta Mercantil: Aumentam os investimentos em debêntures

A queda da taxa de juros tem aumentado o interesse do investidor pessoa física por papéis de crédito privado. A sinalização do governo de reduzir a tributação para aplicações em renda fixa pode trazer grande impulso para essas emissões. Atentas a esse novo nicho de mercado, algumas companhias destinaram parte de suas ofertas para atender à demanda desse público.

Depois da operação bem-sucedida com a colocação de R$ 610 milhões em debêntures da Bradespar em janeiro deste ano, com preço unitário de R$ 1 mil, a Telemar Norte Leste também realizou uma oferta para atender também ao segmento de varejo, com a emissão em maio de R$ 3 bilhões em debêntures, com preço de R$ 1 mil cada uma. Os papéis oferecem taxas atrativas, com retorno de 115% a 120% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI). De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), Alberto Kiraly, os papéis de empresas com bom risco de crédito, grande visibilidade e fluxo de caixa estável devem ter boa aceitação entre esses investidores.