Serafim rejeita grupos pró-intervenção militar na greve dos caminhoneiros

O deputado Serafim Corrêa (PSB) reprovou, em discurso durante o pequeno expediente na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), na manhã desta terça-feira (29), a participação de “infiltrados” na paralisação dos caminhoneiros, defendendo intervenção militar no governo federal.

A mobilização iniciada por caminhoneiros no dia 21 de maio, com a intenção de protestar principalmente contra o preço dos combustíveis, acabou se tornando um ensaio de palanque privilegiado para defensores da volta da ditadura militar no Brasil.

“Devo dizer que rejeito essa postura de infiltrados no movimento dos caminhoneiros, que estão incluindo faixas defendendo a intervenção militar. Isso foi um momento da história do nosso país que já ficou para trás. O mundo hoje não comporta intervenções desse tipo”, defendeu Serafim.

O parlamentar, que propôs que o Governo do Estado reduza a alíquota do ICMS sobre o combustível de 25% para 18%, afirmou que o futuro do país deve ser decidido, conforme prevê a Constituição Federal, por meio do voto.

“E é o povo quem vai decidir o que quer. O meu desejo é que tenhamos as eleições em outubro e que tudo seja efetivamente conduzido de forma democrática”, completou o deputado.

Serafim alertou ainda que, apesar do Governo Federal ter anunciado no domingo (27) a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, empresários da capital denunciam que a venda segue sendo feita com o mesmo preço de dez dias atrás.

“O que estamos assistindo é uma confusão em cima da outra. O governo federal fechou um acordo no domingo e obviamente na segunda-feira era para ser cumprido, mas donos de postos aqui da capital afirmam que receberam diesel ontem (segunda-feira,28) com o mesmo preço de dez dias atrás. Por esse caminho de acertar uma coisa e fazer outra, nós não vamos chegar a lugar algum”, avisou o deputado.

Foto: Marcelo Araújo

Texto: Janaína Andrade