Serafim propõe que Ufam crie espaço em homenagem a Tancredo Neves

Serafim propõe que Ufam crie espaço em homenagem a Tancredo Neves

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) fez um apelo ao reitor da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), Sylvio Pulga, para que crie um espaço no campus da universidade em homenagem ao político brasileiro Tancredo Neves. Nesta quarta-feira, 21 de abril, completam 36 anos da morte de Tancredo, que foi primeiro-ministro do Brasil (o primeiro do período republicano) e presidente da república eleito, porém não empossado.

Conforme Serafim, foi Tancredo que assinou a Lei nº 4069-A, de 12 de junho de 1962, que criou a então Fundação Universidade do Amazonas.

 

“Haverão de me perguntar o que Tancredo fez pelo Amazonas. Pois é, mas vocês sabem a Universidade Federal do Amazonas (Ufam)? Vocês sabem quem era o primeiro-ministro que assinou a lei 4069-A? Foi Tancredo Neves. E na UFAM não existe uma sala, um laboratório, uma biblioteca que homenageie esse homem, que criou uma instituição, que fez renascer uma instituição que é da mais alta importância e é onde praticamente todos os governantes do Amazonas estudaram. E eu daqui apelo ao reitor da Ufam, Sylvio Pulga, que ele faça esse resgate, faça essa justa homenagem a Tancredo Neves com uma sala, um laboratório e que se diga aos alunos da Ufam quem foi Tancredo Neves”, defendeu Serafim.

O apelo de Serafim a Sylvio Pulga foi feito durante discurso na sessão híbrida da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado) de terça-feira, 20.

“Nós, amazonenses, temos uma dívida de gratidão enorme com Tancredo Neves e nunca resgatamos, pagamos essa dívida. Tancredo Neves foi um homem que sempre atuou pela conciliação, pelo entendimento, pelo diálogo, era duro quando precisava ser duro, quando caçaram Juscelino Kubitschek ele gritou: “Canalhas!”. Quando Getúlio Vargas deu um tiro no peito era Tancredo que estava em seu lado na defesa da legalidade e contra o golpismo. Em 1961 quando tentaram impedir a posse de Jango Goulart foi ele que se contrapôs e negociou uma saída e foi a do parlamentarismo, vindo ele a ser o primeiro-ministro do Brasil”, disse Serafim.

“Foi Tancredo que costurou uma saída pacifica após 21 anos de Ditadura Militar e ele que seria o presidente da transição, teve um infortúnio de ser eleito, via colégio eleitoral, e no dia em que ele tomaria posse apresentou uma doença que havia escondido de todo mundo porque ele temia de que, caso morresse, não deixassem Sarney tomar posse”, complementou o parlamentar.

Leia aqui a íntegra da Lei nº 4069-A.