Serafim é solidário ao pesquisador Marcus Lacerda, vítima de milícia digital

Serafim é solidário ao pesquisador Marcus Lacerda, vítima de milícia digital

O deputado Serafim Corrêa (PSB) repudiou os ataques sofridos pelo médico e pesquisador Marcus Lacerda, após divulgar um estudo sobre a não eficiência da cloroquina para o tratamento de pacientes com a Covid-19, o que desagradou grupos políticos. A manifestação de apoio foi realizada na manhã desta quinta-feira, 25, durante sessão online na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).

 “O médico Marcus Lacerda vem sendo vítima de muitas fake news, que é a doença mental da nossa época. Essas pessoas agridem as outras sem ao menos conhecê-las e sem conhecer o seu trabalho. Marcus é alguém que dedicou a sua vida para salvar vidas. A conclusão da pesquisa é que a cloroquina não mata o vírus da Covid-19 e, por interesses políticos, ele foi vítima de uma milícia digital”, disse o deputado.

Serafim ainda afirmou que há interesse de grupos políticos para a proliferação mentirosa de que a cloroquina é capaz de matar o novo coronavírus.

“Esse grupo quer fazer com que o mundo acredite que a cloroquina mata o vírus, e não mata. Ele é um médico, um pesquisador. Não é um político. Nós políticos já temos o couro curtido. As agressões vêm e voltam e você rebate, discute. Todos nós somos “vacinados” para esse tipo de agressão, mas ele não. Registro a minha solidariedade e o meio apoio ao doutor Marcus Larcerda”, pontuou.

Em sua conta no Instagram, o cientista fez um desabafo, no último dia 24 de junho, sobre a reação negativa do resultado do estudo que foi designado ao médico pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e pela Fundação de Medicina Tropical. Veja a nota da íntegra:

“Este sou eu, antes de conhecer a humanidade. Faço um apelo a todos: leiam primeiro. Eu sou apenas um médico pesquisador, que quis estudar opções de tratamento de uma doença nova e grave. Eu não matei pessoas, eu não sou assassino. Nosso estudo Clorocovid-19 em Manaus demonstrou que a cloroquina não mata o vírus nas pessoas. Resistindo a isso, espalharam a notícia de que matamos pacientes com doses altas de cloroquina, de propósito, porque éramos do PT. Eu não sou do PT! Testamos doses diferentes sim, mas nada que fosse obviamente letal. Tivemos todos os cuidados de segurança. Depois disso, minha vida passou por calúnias, difamações, ameaças, perseguições políticas. Já respondi a CONEP, Ministério Público Federal de Manaus, Bento Gonçalves, Goiânia, Conselho Federal de Medicina, ouvidorias, e-mails, jornalistas, revistas científicas. É como se me destruir fizesse a cloroquina funcionar. Ela não funciona! Ontem recebemos mais perguntas do Ministério Público Estadual do Amazonas. Responderemos, como fizemos com os demais. Todos têm o direito de apurar a verdade. Aos jornalistas e internautas que pretendem requentar notícias e abastecer com mais desinformação um país já tão abatido, peço que exerçam sua cidadania de outra maneira. Não é bom para a imagem de um estado e de país ter um ‘pesquisador assassino’. Se eu fosse essa pessoa, certamente seríamos um Brasil ainda menor. Acordem hoje e pensem melhor no que estão fazendo com a ciência, com a nossa esperança. A criança da foto não entendia a perversidade do homem. Quem não consegue dar um passo adiante não está preparado para ter aprendido algo com essa pandemia, e acreditem, ela nos modificou a todos”.