De direito José Sarney continua presidente do Senado. De fato, o presidente é Renan Calheiros. O sentimento da rua é um, a ação do Senado é outra. Os senadores, que estão agindo contra o que a opinião pública espera, sabem o preço que vão pagar nas próximas eleições. É o caso do Senador Aloysio Mercadante que não aguenta mais a pressão dos e-mails e do Twitter.
A questão é simples: o Presidente Sarney não tem condições perante a opinião pública de continuar à frente do Senado, mas interessa ao Senador Renan e seu grupo mantê-lo. A sua renúncia e/ou afastamento da presidencia do Senado estava certa quando entrou em campo o próprio Presidente Lula e enquadrou o PT. As coisas mudaram embora as denúncias tenham aumentado.
O Senador Pedro Simon, em discurso claro e cristalino, mostrou que quanto mais o Senado remar contra os fatos será pior para a instituição e para seus membros. Apelou ao bom senso, mas isso é coisa rara.
Agora, nova estratégia.
Colocar para pagar os preços mais altos os senadores que não dependeram de votos para chegar lá e que não irão disputar as eleições. Foi por isso que o Senador Paulo Duque, 81 anos, segundo suplente do então Senador Sérgio Cabral, que assumiu em substituição ao primeiro suplente que é chefe da Casa Civil do Rio de Janeiro, foi escolhido presidente do Conselho de Ética.
Caberá a ele arquivar de plano todas as representações que já chegaram ou venham a chegar contra a Sarney.
Acha o líder Renan que como Duque não disputará mais nenhuma eleição não terá nenhum problema de pagar o preço. Pura ilusão. Como diz o Senador Pedro Simon a instituição e todos pagarão por isso.
Na verdade, Renan está, mais uma vez, brincando com o fogo, exatamente na casa presidida pelo autor de “Maribondos de Fogo”.
É acreditável, mais isto não acontece todos os dias. Acontece sim, toda hora em nosso país. Os banbidos discubriram que, sendo parlamentar é o caminho ideal para praticar roupos ao erário e ficar impune pois são eles, os bandidos parlamentares que confeccional as lei, sempre favoráveis a eles. E se existe uma lei bem os amparam na impunidades, não será modificada, pois está na Costituição, ninguém pode produzir provas contra si. Então o caminho é este, ser bandido parlamentar e sujar os que são honestos. Pois assaltar banco, traficar drogas e outros crimes praticados por pessoas comuns é arriscado, dá cadeia, morte, extorção por bandidos policiais. Então, no parlamento, existe uma barreira de proteção diferciando-os da sociedade, dos trabalhadores, das pessoas comuns.