A secretária da Receita Federal, Lina Vieira, foi demitida do cargo por cumprir seu dever. Ninguém melhor definiu isso do que Élio Gaspari hoje na Folha de São Paulo em artigo que transcrevo abaixo:
O que significa “controlar” a Receita?
O MINISTRO Guido Mantega seguiu o tom de um governo que defende a blindagem das cavalariças do Senado em nome da governabilidade: decidiu fritar a secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Logo ela, que reagiu ao festival de incentivos aos sonegadores votados pela bancada governista no Congresso dizendo que “o bom contribuinte se sente um otário”. Pelas contas do Ipea, os otários estão preferencialmente no andar de baixo. Quem ganha até dois salários mínimos é um otário de primeira e trabalha 197 dias por ano para pagar seus impostos. Quem ganha mais de 30 salários mínimos é otário de segunda e rala 106 dias. O grande sonegador ganha perdões e parcelamentos.
Otário será quem acreditar que Lina Vieira “não controlou a Receita”. Isso não é motivo de demissão, mas de homenagem. Controlada, a Receita vira balcão. Os auditores fazem seu serviço de acordo com a lei e as normas do serviço. Se ela foi frita porque não aceitou algumas propostas de controle, o caso está mais para a jurisdição do Código Penal do que para as leis tributárias.
Otário será quem acreditar que a demissão de Lina Vieira deveu-se a uma queda na arrecadação. Se a atividade econômica do país contraiu-se e o governo conjura a crise com redução de tributos, o lógico seria uma queda na arrecadação de tributos.
Será otário também quem acreditar que Lina Vieira fez algo de errado ouvindo o sindicato dos auditores para o preenchimento de postos de chefia. O Unafisco, ao contrário do sindicato dos pipoqueiros, reúne servidores do Estado que chegaram à Receita por concurso público. Com 8.000 associados na ativa, agrupa 95% da categoria.
Ao contrário do que sucede com o sindicalismo palaciano, suas eleições têm mais de 70% de comparecimento e nos últimos dez anos alternaram vitórias da situação e da oposição. Por 85% a 15% os auditores vetaram a associação do Unafisco a qualquer central sindical. Mais: abundam exemplos de diretores da guilda que deixaram suas funções sindicais e retornaram ao chão das repartições. Pode-se reclamar do gosto que o Unafisco tem pelas greves (uma a cada dois anos), mas deve-se reconhecer que foi ele quem mordeu os calcanhares da quadrilha aninhada na cúpula da Receita. A primeira denúncia aconteceu em 1995, e em 2008 um magano foi demitido, e outro, destituído.
Durante os últimos meses, a secretária da Receita recebeu poderosas sugestões para nomear os superintendentes em Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza. Não atendeu. Se tivesse atendido, o governo passaria pelo constrangimento de justificar a indicação de afilhados de empresários, ministros e governadores para funções técnicas.
Se a Receita de Lina Vieira foi aparelhada politicamente, como é que se explica a fiscalização da contabilidade da Petrobras dos doutores Sérgio Gabrielli e Almir Barbassa? Em matéria de aparelhamento, a Petrobras é uma universidade.
Aparelho não incomoda aparelho. Se o ministro Guido Mantega contrariou-se com essa fiscalização, não deve contar para ninguém, pois o sentimento comprometerá sua biografia.
No pior cenário, é possível que Lina Vieira tenha ido para a frigideira porque não controlou a Receita. Falta definir “controle”.
Vou fazer um comparativo da incompetência do governo “lula que não sai de dentro de um avião vendendo beleza da silva pelo mundo”… quando a OMS anunciou a pandemia da gripe suína, os ministros do governo e o próprio presidente diziam que era apenas uma gripe como as outras… ora… gripe comum dificilmente mata, porém, esta está matando gente no mundo inteiro, inclusive no Brasil.
Atualmente, em termos de tecnologia da informação, a RFB está bem a frente e a cada dia se moderniza mais. Está simplificando o procedimento do CNPJ, dentre outras ações de modernização já iniciadas e concluídas.
Prefeito, Como o Senhor sabe, no serviço público quem tem idéias é excluído… infelizmente… desculpem os servidores públicos de carreira.
Não entendi, você quis dizer que servidores públicos de carreira não tem idéias??Ou o contatrário??
José Prazeres, vc fumou o que? Não falou coisa com coisa.
E essa matéria é muito frajuta. Com palavas de baixo calão… Triste…
Claro que foi uma matéria paga e muito mal feita…
Quem “fez” essa matéria tinha que aprender a escrever sem ser parcial.
Belê!?
Abraços às pessoas sérias da RFB.
Respondendo aos questionadores acima, pedi desculpas aos bons servidores de carreira, porque sempre que assume um mau político, eles são discriminados e colocados de escanteio para, em seu lugar, assumirem pessoas que não tem qualquer comprometimento com a causa pública… doa a quem doer… é um direito meu de falar… afinal, este é um blog livre e democrático.
Se tu leres direitinho, não tem nenhuma “palava
de baixo calão” citada em meu texto.
A matéria, se for “frajuta” não foi escrita por mim, apenas fiz um comentário.
Se ficastes ferido, é problema teu não meu.