‘Na questão da CPI da Saúde, a Assembleia saiu na frente’, diz Serafim

‘Na questão da CPI da Saúde, a Assembleia saiu na frente’, diz Serafim

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou que a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo “prestou um serviço ao Governo Federal” ao apresentar, na véspera do início dos trabalhos da CPI da Covid, denúncia contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, e outras 17 pessoas, por irregularidades na compra de respiradores para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Para Serafim, a PGR (Procuradoria-Geral da República) tenta tirar o foco da gestão Bolsonaro, ao apresentar a denúncia na véspera da CPI, já que a comissão vai apurar possíveis omissões do governo federal na pandemia.

“Na questão da CPI da Saúde, a Assembleia Legislativa do Amazonas fez a sua parte, saiu na frente. A ilustre subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo ontem prestou um serviço ao Governo Bolsonaro para ver se seu chefe, Augusto Aras, vai para o Supremo Tribunal Federal. Está claro que ela ficou um ano sentada em cima desse processo, aí libera ontem (segunda-feira, 26) às vésperas da instalação da CPI da Covid, é estar prestando um serviço ao Governo Federal”, disse Serafim.

A declaração do parlamentar foi dada durante discurso na sessão híbrida desta terça-feira, 27, da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas).

“Ela deveria ter tido a dignidade de dizer que o roteiro da denúncia que apresentou ao STJ é a CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas. Então, repito, a ALE-AM não foi omissa, ela saiu na frente. Isso que ela está dizendo agora, a CPI da Saúde, da qual fui membro titular, identificou e elucidou lá atrás. Agora, cabe a ela dar a sequência. Ela deu a sequência mas omitindo que tudo aquilo que ela estava manuseando não era trabalho da Polícia Federal, não era trabalho do Ministério Público Federal, era trabalho da CPI da Saúde”, avaliou o líder do PSB na ALE-AM.

Considerada braço direito do procurador-geral da República, Augusto Aras, Lindôra, para Serafim, deveria apresentar um pedido de desculpas formal pelo constrangimento causado a quatro pessoas que foram alvos da investigação, mas que posteriormente não foram encontrados elementos suficientes para a inclusão na lista de denunciados ao STJ: Daniela Assayag; Jefferson Coronel, Renata Mansur e Ruben Gustavo Siqueira Lengler.

“Verifico que ela exagerou, ela cometeu injustiças e agora, lá no final da denúncia ela deveria fazer um pedido de desculpas formal. Agora é com o STJ e, ao meu ver, tudo aquilo que a Dra. Lindôra inventou vai cair já na aceitação da denúncia, porque é muito frágil as inovações que ela apresentou”, concluiu Serafim.