Centro de Biotecnologia da Amazônia pode se transformar em centro de excelência em pesquisa

“Desenhar um CBA em conjunto”. Esse é o perfil que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em parceria com o Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) querem dar ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) de agora em diante.

A garantia é do secretário de Inovação do MDIC, Marcos Vinicius de Souza, que, nesta quinta-feira (9), em Cessão de Tempo solicitada pelo deputado Serafim Corrêa (PSB), explanou aos deputados do Amazonas os planos para o órgão que deixou de ser vinculado à Suframa e passou para o Inmetro.

A exposição teve a participação do diretor de Inovação e Tecnologia do Inmetro, Carlos Aragão, e do superintendente, em exercício, de Planejamento e Desenvolvimento Regional da Suframa, Emmanuel de Aguiar. O objetivo foi explicar os novos rumos do CBA, que deverá ser transformado em centro de excelência em pesquisa na região. Os parceiros querem criar uma infraestrutura de alta capacitação tecnológica.

Com o termo de execução descentralizada transferindo ao Inmetro a responsabilidade de administrar o CBA em parceria com a Suframa e o MDIC, desde o dia 16 de junho, o centro passou a ter personalidade jurídica, o que significa que pode utilizar o CNPJ do Inmetro. “O CBA pode fazer qualquer tipo de operação com os centros de pesquisa do Brasil, seja para contratação de pessoas, comprar, realizar parcerias com projetos de empresas etc”, disse o secretário do MDIC, Carlos Aragão.

Outro benefício diz respeito ao pagamento de bolsas aos pesquisadores do CBA, inicialmente por um período de três meses. Novo edital está sendo preparado, alinhado ao novo perfil planejado para o CBA. Carlos Aragão disse que foi criado um conselho consultivo que está ligado ao termo de descentralização que estabeleceu a parceria, inclusive vai auxiliar os gestores do processo na definição dos novos rumos. “Ao longo de dois anos esperamos chegar a um modelo ideal para o CBA”, informou.

Comunidade

Nessa fase de reorganização do CBA, Marcos Vinicius disse que a intenção é conversar com a comunidade acadêmica para identificar que tipo de pesquisa já tem potencial para ir para o mercado por meio do centro, que fará essa ponte. Do outro lado, o representante do MDIC defende a necessidade de identificar com as empresas da região, quais as reais necessidades, em tecnologia. “Ao juntar o conhecimento local com as práticas de gestão de tecnologia do Inmetro a gente pode chegar a um denominador comum”, disse.

Desatar nó

Para Serafim Corrêa, o mais importante dessa parceria foi quebrar a inércia, ou seja, sair do imobilismo. O deputado considerou importante a decisão do MDIC em administrar o CBA por meio de uma cogestão entre o Inmetro e Suframa. “Isso é positivo, porque a partir de agora o centro, que há 13 anos estava parado, vai poder efetivamente funcionar”, disse, ressaltando que o CBA precisa fazer a pesquisa e evoluída a pesquisa pura para a aplicada chegar a tecnologia. “Cumprido esse ritual, possa melhorar a qualidade de vida do povo como um todo”, completou Serafim.

Texto: Assessoria da Aleam