RIO – O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco Eduardo Campos abriu neste sábado o primeiro de dez seminários que o partido e a Fundação João Mangabera estão organizando pelo Brasil afora para debater temas ligados à políticas públicas. Na última sexta-feira, em clima de palanque eleitoral, Campos se colocou como o “novo” e defendeu mudanças para o país, na linha do que disse recentemente a empresários paulistas, de que “o Brasil precisa fazer mais”.
Na entrada do encontro na PUC, o governador de Pernambuco afirmou que o debate se ampliou em relação aos anos anteriores. Para ele, é hora de fazer reflexões para que o Brasil dê um salto rumo a uma nova etapa do desenvolvimento. A oficina “Diálogos do Desenvolvimento Brasileiro” normalmente acontecia em três estados.
— Ao PSB não encanta um projeto de poder mas de nação. Enquanto muitos podem pensar só em eleição, vamos pensar no Brasil — afirmou.
Perguntado sobre a antecipação do debate eleitoral, ele afirmou que este é o momento de unir o país. Ele reiterou a necessidade da sociedade aproveitar 2013 para encontrar alternativas de “reconduzir” o Brasil para o desenvolvimento econômico.
— Agora, vocês viram a antecipação deste debate. É uma torcidade política de pessoas que têm uma visão, uma paixão por um pensamento, por um partido e quando um se manifesta, o outro se acha no direito de se manifestar. Mas nós como dirigentes, não podemos ter o comportamento de torcida.
Ainda em seu discurso, Campos afirmou que considera o PSB maduro para fazer parte do debate das questões do futuro do país.
— Não vamos nos intimidar com absolutamente nenhuma colocação que tente dificultar ao PSB a participação neste debate.
Eduardo Campos ficará no Rio até o começo da tarde deste sábado e na segunda-feira dará uma palestra na Força Sindical em São Paulo.
Há duas semanas, o governador Eduardo Campos realizou um périplo por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – onde se reuniu com políticos, autoridades do governo e empresários – criticou fortemente os “velhos pactos políticos” no Brasil. O discurso aconteceu um dia após a posse dos novos ministros do governo Dilma nomeados já por conta dos acordos para as eleições de 2014.