CHAPA “ADVOCACIA UNIDA”

Só quem é advogado sabe o que é advogar. E advogado, é bom esclarecer desde o inicio, não é o medalhão,o famoso, o que marca hora pra atender um outro colega advogado. Advogado não é o vaidoso que não perde uma manchete de jornal. Advogado não é o que fica dizendo que tudo sabe, mesmo sem nunca ter passado pela porta giratória de um Fórum de Justiça.

E é evidente que advogar não é pra qualquer um, pois advogar é compromisso, é dedicação, é entrega, é superação, advogar é sofrimento. Ninguém é advogado por acaso. O advogado o é por decisão pessoal, ele decide advogar, ele escolhe a advocacia.Mas a prática é bem diferente da teoria dos bancos de faculdade. O recém-formado não sabe por onde começar. A advogada quebra o salto do sapato correndo para a sala de audiências, ela almoça entre uma audiência e outra. O advogado ganha pouco, não vive de renda, sofre pelo desrespeito à sua prerrogativa, seja pela pelo atraso de horas para o inicio de uma audiência, seja pela grosseria ao telefone pelo funcionário despreparado.

Algum tempo atrás a carteirinha servia para que pudéssemos manusear um processo, hoje, vamos ao STF para garantir tal prerrogativa. Mesmo escrito, precisamos provar nosso direito de acesso aos autos.

Mesmo quem nunca atuou junto ao juízo trabalhista já ouviu dos abusivos atrasos nas audiências, da estrutura do prédio, da falta de uma lanchonete, de falta de um copo com água durante as horas de espera. Enfim, a dificuldade é nossa companheira.

Mas falta com a verdade quem grita pelos cantos da cidade que nossos problemas começaram agora, que a culpa é desse ou daquele. Nossos problemas são recorrentes e antigos, vieram tomando conta de nossa rotina lentamente, ocuparam espaço de forma discreta. Nosso prestígio, nossa honra, foram colocados para fora dos cartórios, acomodados atrás de muralhas levantadas com divisórias, sem a menor cerimônia.

É curioso ver tanta “indignação”, tanta surpresa e tanto desejo de melhora vir justamente de pessoas que já estiveram lá, e agora, na condição de verdadeiros operadores de milagres, bradam saber resolver tudo com o estalar dos dedos, mas sem explicar o que fizeram quando lá sentados.

Curioso é também ver um ou outro apontando o dedo, encontrando defeitos, sem jamais ter contribuído em nada.

Não precisamos ressuscitar nada, pois em nossa Ordem nada está morto. Precisamos é, além de conhecer, reconhecer o que já existe, é trabalhar para continuar crescendo, continuar prosperando e multiplicar as coisas boas.

Hoje, o colega que deseja fazer uma Pós-Graduação sabe que nossa ESA está lá, qualificada, pronta para aprimorar nosso conhecimento. Convênios médicos, descontos em academias de ginástica, livrarias, postos de gasolina, compra de remédios, e muito serviços mais, podem ser utilizados com a simples adesão a nossa Caixa de Assistência.

Nossa sede foi reformada e hoje possui espaço para receber confortavelmente os colegas. Até uma linha de crédito própria para o advogado nós temos, você sabia? Pois é, existe.

Por isso é que precisamos de uma oxigenação real, e não de um conto-de-fadas.

Chega de conversa bonita, chega de discursos com retórica sem conteúdo e de ódio sem fundamento. Basta de desinformação. Nós, advogados unidos, suportaremos qualquer sacrifício a fim de garantir a efetividade de nossas prerrogativas. Divididos, pouco podemos, mas Ordem Morta, impossível, nunca será, jamais será.

Mas pensando bem, talvez a Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas esteja morta sim, morta no coração daqueles que não merecem estar à frente de algo tão monumental e que afirmam estar morto.

Confessar a necessidade de ir além, de melhorar, não é fraqueza, é virtude.

Somos advogados por opção, por vontade própria, amamos o que fazemos e temos muito orgulho disso. Fácil não é, mas é muito gostoso ser. Somos do tempo que quando algo que gostamos muito não está bem, nós consertamos, não jogamos fora.

Advocacia Unida, com Alberto Simonetti Neto e Celso Valério.