A QUESTÃO DO TRANSPORTE COLETIVO (VI) – A renovação parcial da frota, a manutenção da tarifa e os primeiros passos da nova administração.

Com o novo contrato, com regras claras e bem definidas, abriu-se o crédito para que as empresas adquirissem novos ônibus e melhorassem o sistema. O combinado era que viriam 500 novos ônibus até 31.12.2008. Vieram 338 ônibus como comprova a atual administração através de ofício assinado pelo Dr. José Raphael Siqueira Filho que transcrevo abaixo. Em seguida, publico algumas fotos dos ônibus novos que chegaram sendo importante registrar que nos quatro anos da nossa administração entraram no sistema 618 ônibus novos, praticamente metade da frota.


Dos quinhentos ônibus esperados em 2007 e 2008 deixaram de entrar 162 que deveriam ter sido adquiridos por uma das empresas que integrava e ainda integra a SPE e o sistema.

Vieram as eleições, o Amazonino ganhou e eu, dentro do princípio da transparência e seguindo todas as regras da legislação, bem como determinações do TCE, determinei a abertura total dos dados da administração ao novo governo.

Tive uma conversa com o Amazonino no meu gabinete quando disponibilizei dados e relatórios, bem como lhe repassei informações as mais diversas de todos os setores da prefeitura. Disse-lhe das dificuldades, do que estava em andamento, do que havia sido plantado, mas só seria possível colher já na sua administração, como o caso da ampliação da rede de abastecimento de água, da relação com a Câmara Municipal e o Governo do Estado, da briga pelo ICMS prestes a ser julgado pelo STJ, enfim dos ônus e dos bônus. E dentre outras coisas, lhe disse que nos próximos noventa dias – estávamos em novembro de 2008 – a Prefeitura teria que enfrentar duas situações que sempre causam dores de cabeça ao prefeito, quais sejam os reajustes da tarifas de água e de ônibus.

Ele combinou comigo que estaria ao meu lado na questão do ICMS, dispondo-se a ir à Brasília junto comigo acompanhar no STJ o julgamento, o que de fato aconteceu como se vê pela foto abaixo.

Sobre os dois reajustes, perguntou-me quando seriam as datas previstas nos contratos e informei-lhe que o da água era em dezembro e do ônibus em fevereiro. Ele retrucou que o da água era responsabilidade minha e que o do ônibus, no momento próprio, ele cuidaria. Expliquei-lhe as regras para os reajuste, tanto da água quanto a do ônibus. Ele não lembrava que a da água foi uma regra estabelecida por ele quando Governador e ficou surpreso quando lhe disse que não haveria mais planilha para o reajuste da tarifa do ônibus, pelas razões que já registrei aqui e que dizem respeito à proposta do marco regulatório. Pelo contrato, considerando a variação do IGPM e do diesel a tarifa provavelmente iria a R$ 2,10 em fevereiro de 2009.

Em dezembro, paguei o ônus e decretei o reajuste da água. Poderia, se fosse outro, fugir da minha responsabilidade e deixar o problema para ele. Não fiz isso. Paguei o preço.

Ele assumiu e num show pirotécnico fundiu IMTU com IMTRANS juntando transito com transporte coletivo, coisa que eu já sabia que não dava certo. Tanto que ele que fundiu, depois de sentir na pele o próprio erro, desfez a fusão.

Depois gerou a instabilidade administrativa. No inicio o Secretário de Obras seria também a autoridade do transito e do transporte coletivo. Depois indicou uma procuradora para cuidar do transporte coletivo. Em seguida foi buscar o Dr. Raphael Siqueira, Juiz aposentado, até chegar ao atual, ex-oficial e ex-vereador Marco Cavalcante.

Em fevereiro de 2009, não deu o reajuste numa tentativa infantil de me queimar. Naquela altura ele apostava todas as fichas em vender a imagem de que pegara uma prefeitura quebrada (o que eu desmontei item por item) já como forma de tirar uma carta de seguro para o futuro insucesso da sua administração como hoje está facilmente comprovado. O objetivo de não dar a tarifa, seguindo as regras contratuais, era criar a figura de que ele era o bonzinho que segurava o reajuste e eu era o desalmado que aumentei o preço da água.

Amanhã prossigo analisando a sucessão de erros que se seguiram.

One thought on “A QUESTÃO DO TRANSPORTE COLETIVO (VI) – A renovação parcial da frota, a manutenção da tarifa e os primeiros passos da nova administração.

  1. Eita ferro! Esse é o SARAFA que todos os manauaras conhecem e respeitam. Mata a cobra o mostra o pau.Sem espaço para cntestações. Parabens

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