Telefones: o apagão das sextas-feiras

Segundo portal da ANATEL, o Brasil chegou a 152 milhões de celulares em fevereiro deste ano. E foi no Amazonas, em janeiro, o maior incremento de teledensidade (número de aparelhos para cada 100 habitantes), conforme diz a própria ANATEL:

Teledensidade — A teledensidade é o indicador utilizado internacionalmente para demonstrar o número de telefones em serviço em cada grupo de 100 habitantes. Neste mês, além do aumento do número de acessos, a revisão da projeção mensal da população pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) resultou na alteração da teledensidade em algumas unidades da federação. Um exemplo é o crescimento de 12,04% deste índice no Amazonas (de 56,84 em janeiro para 63,68 em fevereiro), e de 11,65% em Roraima (de 54,63 em janeiro para 60,99 em fevereiro). A teledensidade no Brasil alcançou o índice de 79,94, um crescimento de 0,19% em relação a janeiro (índice de 79,79). Comparado a fevereiro de 2008, quando o índice era de 65,09, o crescimento foi de 22,82%. O Distrito Federal lidera a teledensidade móvel brasileira, com índice de 143,76 – ou seja, 1,44 telefone para cada habitante. Comparado com o mês anterior, o índice apresentou crescimento de 4,34% (era 137,78). O Rio de Janeiro, segundo colocado no ranking teve um decréscimo de 0,51%, (caiu de 98,37 para 97,87). Em terceiro no indicador, o Mato Grosso do Sul tem índice de 96,01 e apresentou crescimento de 0,36% (era de 95,67). Os maiores crescimentos da teledensidade em janeiro foram registrados no Amazonas, Roraima, Distrito Federal Tocantins e Rondônia.

Talvez esse crescimento explique porque todo final de semana temos apagão na telefonia celular em Manaus. É inexplicável o que acontece. E mesmo com a portabilidade não adianta migrar. O apagão acontece principalmente nos dias de sexta-feira.

A privatização da telefonia no Brasil foi um grande êxito. Isso é inquestionável, não cabendo qualquer viés ideológico para questionar o que deu certo.

Agora, a fiscalização é condição da privatização. E isso a ANATEL não vem fazendo, pelo menos aqui. Não é possível que semana após semana isso aconteça, e nada seja feito, nem pelas operadoras no sentido de corrigir o que estiver errado, nem pela própria agencia reguladora.

Com a palavra a ANATEL.

4 thoughts on “Telefones: o apagão das sextas-feiras

  1. Lembro-me bem que antes da privatização , linha telefônica era artigo de luxo e constava como bem das declarações de Imposto de Renda. Uma linha era caríssima e esperáva-se meses para se conseguir.
    O sistema era ineficiente e a Embratel um paquiderme estatal.
    Tudo mudou no governo FHC , principalmente pelo trabalho do saudoso “trator” Sérgio Motta que pegou o “touro a unha”, fazendo um trabalho exemplar, contrariando muitos interesses…
    Todas as privatizações daquele período , destaque para a Vale do Rio Doce e os famigerados bancos estaduais, trouxeram grande benefícios ao país.
    Curioso é que o retumbante sucesso das privatizações não vitou bandeira eleitoral do PSDB nas últimas eleições.
    O Geraldo Alckmim evitava o debate sobre o tema por julgá-lo impopular.
    Ainda é : Qual canditado presidencial ousaria cometer o sacrilégio de dizer que pretende privatizar a Petrobras e o Banco do brasil por exemplo?
    No final vale o trivial : privatizar é bom porque livra nacos do Estado da sanha fisiológica dos políticos e permite ao governo se concentrar nas áreas prioritárias como educação , segurança , saúde , etc
    Fora isso, é tudo viés ideológico, como bem disse o prefeito SERAFIM…
    Forte abraço!

  2. É Sarafa, o povo já diz que te quer de volta….

    Esse Amazonino já pasou, tudo que o mesmo prometeu não cumpriu…. Cade o programa das Drogas, ou melhor da prevenção e recuperação…. Os usuários de drogas não podem mais esperar, ou ele so vai fazer no inicio de 2010 para dizer que fez algo e conquistar o governo…..

    Acho que esse é o plano… Cade Amazonino… Falava tanto do Serafim, e os buracos continuam, ai ele dizem que so estão no poder há 90 dias, mas colocaram manaus em estado de emergencia, e isso que dizer que podem fazer o que quiserem em 180 dias, ou seja, fazer contratos sem licitações, e isso é mais uma facilidade para fazer acontecer….

    Estamos de olho e espero que as pessoas também estejam……
    Olha Amazonino so colocou malas ao seu lado, ninguem entende ninguem, e os secretarios estão fazendo o que atualmente….. não vejo nada……

    Volta SARAFA!!!!!!!!!!!!!!!!!

  3. Defender as privatizações torna-se fácil por não haver referencial. O governo FHC ao invés de simplesmente abrir o mercado para outras companhias preferiu privatizar as que já existiam. Os empresários só tiveram o trabalho de ir ao BNDES pegar o dinheiro emprestado!
    O correto seria comparar a empresa estatal a outras empresas que deviam ter sido criadas, expandindo a concorrência, e não reduzindo-a como se está fazendo com a criação da BrOi, reestabelecendo os monopólios. Ai poderíamos comparar, e saber se:
    – os preços seriam iguais entre o público e o privado, ou se seriam elevadíssimos como os praticados pelas empresas privatizadas (o custo da assinatura mensal é exorbitante se comparado a antes da privatização);
    – a empresa estatal atendia mesmo municípios longínquos, pois o interesse social também influenciava nas decisões das companhias, e não apenas o lucro.
    Como só houve transferência do monopólio do Estado para as empresas privadas, jamais saberemos! E como citado no post, a qualidade de todas as operadoras é ruim, e não adianta migrar!

  4. É impressionante que isso ainda ocorra nos dias de hoje. Não adiante tanta evolução se não há agente fiscalizador ou este não consegue acompanhar.
    Bom, quanto à portabilidade, pode não ser a solução desse problema mas ajuda bastante. Desde que portei meu número para outra operadora meu celular tem funcionado nas sextas também.
    Abraço!

Comments are closed.