Serafim quer a readequação do novo Código Florestal para evitar paralisia no Amazonas

O deputado Serafim Corrêa (PSB) fez um apelo a atual bancada do Amazonas no Congresso Nacional para que o novo Código Florestal- aprovado em 2012 – seja readequado. A lei de número 12.651 limita a construção ou a ampliação em 500 metros de obras próximas à áreas de rio ou floresta, o que acaba prejudicando os serviços de infraestrutura do Estado.

“Nas regiões de floresta, não se pode construir nada a menos de  500 metros da margem do rio para dentro da selva. A lei só permite a construção de 500 metros para frente, ou seja, nenhum porto pode ser construído, o que acaba prejudicando a todos nós”, disse o parlamentar.

O deputado, da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), também lamentou a situação precária pela qual a maioria da população do interior passa com a falta de infraestrutura hidroviária, e como a situação, por exemplo, dos habitantes de Itamarati (a 950 quilômetros da capital), que precisam pegar as botijas de gás dos barcos e levá-las até a margem por dentro d´água, já que não há porto para fazer a descarga.

“Mantida a regra do novo Código Florestal, o Estado estará condenado ao atraso. Lamento, profundamente, tudo isso. Se não pudermos construir portos, estaremos condenados a essa situação que vive o município de Itamarati”.

Dos oito deputados da bancada federal do AM, no ano de 2012, apenas o deputado Francisco Praciano (PT) votou contra a  aprovação da lei 12.651. Os três senadores da época também votaram a favor.

 “Parabenizo o ex-deputado Praciano porque ele foi o único que votou contra o novo Código Florestal. Será que é isso que nós queremos para a nossa terra? Tem que haver uma articulação da atual bancada do AM, tanto no Senado como na Câmara Federal, para haver a adequação da lei. Se  essa lei não for reformulada, nenhuma obra nova poderá ser feita. A Ponta Negra é uma área de cartão postal, e é uma exceção à regra,  mas a lei vale para também para o nosso Educandos e para o Centro. Isso precisa ser discutido  com urgência”, sugeriu.