RECORD NEWS: Debate entre candidatos ao Senado.

Do D24am:

Manaus – Os candidatos ao Senado Federal pelo Amazonas Francisco Praciano (PT), Jônatas Almeida (PMN),  Marcelo Serafim (PSB) e Omar Aziz (PSD) participam, na noite desta quarta-feira, do debate ao Senado promovido pela Record News Manaus.

O candidato Professor Queiroz (PSOL) foi convidado para participar do debate, já que seu partido tem representação na Câmara Federal, informou que não iria mais participar, mas chegou faltando cinco minutos para o debate e teve presença garantido.

Nesta matéria você vai acompanhar, em tempo real, o debate entre os candidatos. Clicando AQUI você pode assistir ao vivo pela internet.

Se preferir, pode acompanhar também o debate no canal 23 da NET ou 36 da TV Aberta.

PRIMEIRO BLOCO:

No primeiro bloco, os candidatos se apresentaram ao público. Cada um teve dois minutos para falar. O primeiro a se pronunciar foi Professor Queiroz, que iniciou sua fala comentando ser um dos fundadores do PSOL no Amazonas e também no Brasil.   

O segundo a falar foi o candidato Omar Aziz, do PSD.  Omar afirmou que quer ser candidato pelos anos que passou na vida pública. “Nos meus quatro anos de governo, não houve um escândalo que envergonhasse minha administração”, afirmou ele, que é ex-governador, ressaltando que conhece bem a realidade do Estado e sabe das dificuldades que o povo enfrenta. “Quero ser Senador de cabeça erguida, sem ser subserviente para defender o governo de quem quer que seja por ser  contra os seus princípios”, destacou.

Omar falou sobre problemas de portos e estradas, e afirmou que quer lutar pela valorização do homem da Amazônia, e que tem a experiência ao longo dos anos como governador sua maior aliada. Omar disse, ainda, que, se eleito, será uma voz atuante em defesa do Amazonas.

Em seguida, foi a vez de Marcelo Serafim, que ressaltou a importância da iniciativa da Record News Manaus em oferecer um debate entre os candidatos ao Senado. “Serei senador pelos próximos oito anos para te representar na casa mais importante do País”, afirmou ele, ressaltando que quer, ao lado de Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República,  trazer escolas de tempo integral para o Amazonas.  Marcelo disse ainda ser favorável à destinação de 10% do PIB para a área da Saúde.

Jônatas Almeida falou sobre sua vida como estudante de escola pública e falou sobre sua experiência no movimento estudantil e nos quadros de funcionários da Secretaria de Estado da Fazenda. “Sou candidato porque o povo brasileiro não aguenta mais tanta desfaçatez. O povo brasileiro não aguenta mais esse presidencialismo de coalisão”, afirmou ele, dizendo que quer  ser um exemplo para essa geração no Estado. “Somos sufocados, impedidos de crescer politicamente, porque o poder econômico acaba com a vontade popular”, enfatizou.

Francisco Praciano encerrou a primeira rodada de apresentação. Ele lembrou seus quatro mandatos como vereador e dois mandatos como deputado federal, onde foi por duas vezes o mais votada. “Eu não compro voto, eu e o eleitor do Amazonas respeitamos a democracia”, afirmou. “Ganho eleição pela minha história e pelas minhas lutas. Poucos políticos deste Estado lutaram tanto pelos estudantes como eu”, completou ele, ressaltando que sua história lhe dá credibilidade.

Praciano afirmou ter uma eterna parceria com o povo. “É isso que me dá a sensação de que estamos eleitos, porque acredito no povo”, finalizou ele.

Segundo bloco

No segundo bloco, os candidatos ao Senado responderam às perguntas elaboradas pelas jornalistas da emissora Record News, abordando temas como liberdade de imprensa, qualidade da internet, Zona Franca de Manaus e corrupção.

O primeiro a ser sabatinado foi o candidato Professor Queiroz (PSOL), que respondeu sobre a proposta de regulamentação da imprensa. “Geralmente essa conversa de regulamentar a imprensa vem como uma mordaça. Democracia é o acesso à comunicação. Nós do PSOL temos o compromisso com a liberdade de imprensa. Combatemos a ditadura, as mordaças, mas defendemos que os grupos de comunicação sejam democráticos. Precisa se fazer um amplo debate sobre a democracia na imprensa, principalmente a imprensa popular, livre, em especial as rádios comunitárias”, declarou.

Já o candidato Omar Aziz (PSD) falou da importância sobre a comunicação direta com os eleitores nas redes sociais. “Hoje, todos temos participação tanto como sociedade organizada quanto políticos. O mais importante é termos nos Estados brasileiros uma internet que funcione. Aqui, há dois dias não funciona a internet. É um problema atrás do outro. Não temos um representante do congresso nacional com uma posição firme, cobrando investimentos para uma internet de qualidade”, destacou Aziz.

O terceiro a responder foi Marcelo Serafim (PSB), que citou a prorrogação da Zona Franca de Manaus e os principais interesses do Amazonas a serem defendidos no congresso. “É um equívoco achar que a Zona Franca sairá da pauta. De nada adianta se nosso aeroporto não estiver bem estruturado para escoar nossa produção. Precisamos que a BR-319 saia do papel. Nossas hidrovias precisam ser sinalizadas. Não podemos continuar refém do modelo zona franca, que deu certo e sustenta nossas florestas, mas precisamos evoluir e encontrar novas saídas de desenvolvimento econômico, investindo em piscicultura. Nosso Estado passa vergonha importando tambaqui de Roraima e Rondônia”, disse Serafim.

Jonatas Almeida (PMN) foi perguntado sobre questões polêmicas, como aborto, maioridade penal e casamento entre pessoas do mesmo sexo. Segundo ele, é necessário haver retenção aborto acidental, mas afirmou que a questão precisa ser amplamente discutida.

“Sobre a maioridade penal, no Brasil se recolheu 1,5 milhão de assinaturas em uma proposta para defender os adolescentes. Tivemos o estatuto do adolescente, Nações Unidas para defender as crianças, mas não se cumpre nada desse estatuto e agora querem levar as crianças para a cadeia. Casamento homoafetivo é uma questão superada, pois no Brasil já há reconhecimento”, ressaltou Almeida.

Francisco Praciano (PT) foi o último a responder as questões do segundo bloco, e falou sobre os escândalos de mensalão e desvios nas Petrobras. “Sou da frente parlamentar contra a corrupção. Sempre luto para que a frente não foque nos escândalos. O Estado brasileiro é frágil. Precisamos combater de forma preventiva. Os tribunais perderam sua função fiscalizadora, e 15 % dos conselheiros do Brasil estão respondendo a processos por corrupção. os órgãos precisam ser estruturados. O brasileiro perde R$ 6 bilhões por ano com a corrupção”, disse Praciano. Ele concluiu que não protege o mensalão, e ressaltou que o governo do PT teve menos escândalos do que o do PMDB.

Terceiro bloco

O terceiro bloco foi destinado a perguntas entre os candidatos. O autor da pergunta e o candidato que respondeu foram escolhidos em sorteio.

O primeiro a perguntar foi o vereador Marcelo Serafim. Ele perguntou ao ex-governador Omar Aziz quais são suas propostas para a Saúde.
Aziz afirmou que em quatro anos à frente do governo do Estado fez muito mais do que outros governadores e disse que, no Senado, buscará mais recursos para a Saúde no Amazonas.

“Fomos o primeiro a implantar a vacina contra o HPV, fui o primeiro a colocar 61 mamográfos no interior. Como senador, quero ampliar isso. Mas, um problema mais grave é a falta de recursos. O Estado está sendo completamente discriminado no teto básico para a Saúde. Quero ampliar os programas para prevenção e trabalhar para trazer mais recursos para a população”.

Em sua réplica, Marcelo Serafim  disse que lutará, como senador, pelos 10% de toda a receita do País para a Saúde e imunidade de tributação para os medicamentos.

Na tréplica, Aziz disse que, na atividade-meio, o Ministério da Saúde joga recursos fora.

O candidato Prof.Queiroz perguntou ao vereador Marcelo Serafim a respeito de sua posição quanto ao pagamento dos juros da dívida pública. “Esse pagamento é uma sangria do trabalhador”, disse Queiroz.

Para Marcelo Serafim, o Brasil paga muitos juros aos banqueiros. “Não podemos gastar o dinheiro do povo brasileiro apenas com o pagamento de juros, temos outras prioridades. Precisamos corrigir as desigualdades no orçamento nacional dando a imunidade tributária aos medicamentos ao invés de pagar os banqueiros”, disse.

Na réplica, Prof.Queiroz disse que 42% do orçamento da União é destinado aos banqueiros. Na tréplica, Marcelo Serafim afirmou que “é preciso botar o Brasil no trilho”.

O deputado federal Francisco Praciano perguntou à Jonatas Almeida suas propostas referentes à segurança pública.

Jonatas Almeida disse que o projeto é tentar fazer a integração das polícias militar e civil para fortalecer as instituições e dar segurança e não reprimir o povo. “Sabemos que a violência é crescente muito pela falta de uma infraestrutura educacional no País que acaba desenvolvendo um. O jornal estampa a cada momento assaltos, as pessoas ficam acuadas. É necessário que esse debate nacional possibilite a integração das polícia militar e civil com um processo de educação e direitos humanos para que a polícia possa ser entender que não tem um super poder, mas sim que dê segurança à sociedade.

Na réplica, Praciano disse que tentará convencer a Presidência de que as Forças Armadas precisam atuar nas fronteiras da Amazônia. Jonatas disse que é necessário fortalecer a Polícia Federal para fiscalização da fronteira.

Jonatas Almeida foi sorteado para perguntar para Praciano, mas não conseguiu completar seu questionamento, que começou dando a entender que ele questiona as alianças de Praciano.  Praciano disse que sua atuação parlamentar foi voltada à fiscalização de todos. “Fiscalizei o Braga, o Serafim, o Arthur e o Alfredo. Estou em um estado de direito e tenho a obrigação de fiscalizar. É uma coligação coerente que eu aceitei. Não sou o dono do partido, ou eu aceitava ou ia dormir. Estou satisfeito com a aliança”, disse.

Após a resposta, Marcelo Serafim pediu direito de resposta, negado pela produção do programa. Jonatas Almeida disse que existe na política principios inegociáveis. “Essa deformação e incoerência acabam colocando na cabeça da população que é assim mesmo a política”, disse ele.

Praciano disse que apoia a Dilma por seus programas sociais e ao Braga por apoiar a Dilma.

A última pergunta do bloco foi feita por Omar Aziz ao candidato Professor Queiroz. Aziz perguntou à Queiroz suas propostas para acessibilidade. “É preciso ter uma política pública para essas pessoas, mas não que sejam vistos como coitadinhos. O PSOL é um partido que acolhe a todos. Uma vez no Senado, defenderei as minorias de forma implacável. É preciso ouvir quem tem as dificuldades e não aos burocratas”, disse.

Na réplica, Omar Aziz enalteceu os projetos desenvolvidos em seu governo. Ele disse que no Senado, buscará mais recursos para acessibilidade.

Na tréplica, Queiroz disse que no comercial “do Omar” tudo é muito bonito. “Essa secretaria que o Omar criou, deveria abrir as portas para quem está nas ruas”, disse.

Comentário meu: Deixando de lado o coração, mas o Marcelo Serafim foi de longe o melhor no debate entre os candidatos ao Senado. Preciso, objetivo, mostrando o que pretende fazer teve uma ótima participação. Parabéns.