Pequeno Monstro.

Por Marcelo Ramos

Ser adolescente nesse mundo de obscurantismo, desesperança e valores corrompidos é um grande desafio. Ser pai ou mãe nessas condições é um desafio maior ainda.

Houve um tempo em que a música ressaltava o romantismo. Nas últimas décadas virou um instrumento de protesto social e comportamental consciente. Nos anos 70 moveu a resistência à ditadura, nos 80 embalou o movimento pela democratização e nos 90 entusiasmou os movimentos pelo impeachment.

Mas as elites políticas e comerciais são muito espertas. Percebendo a força disso no meio da juventude cuidou de afastar dos meios de comunicação a música de protesto e substitui-la por músicas com apologia a promiscuidade e ou ao absoluto obscurantismo.

E eu hoje sou obrigado a ver meu filho influenciado por uma mulher que se veste com roupa de carne e escreve um tal “Manifesto Little Monster (Pequeno Monstro)” onde diz: “Existe algo de heroico na forma como meus fãs operam as suas câmeras” ????? “Então a verdade de fato sobre os fãs da Lady Gaga, meu little monsters, repousa na filosofia: Eles escrevem a história do reino. Eu sou algo parecido com uma boba da corte leal.” Isso deve ser verdade! Ou “Quando vocês estão sozinhos. Eu estarei sozinha também. Isso é a fama” ??????

Quanta idiotice no juízo dos nossos filhos! Quanto desvio de obscurantismo nas mentes da nossa juventude.

O pior. Uma imbecil dessa não impõe só a sua música medíocre. Impõe seu modo de vestir, de cortar o cabelo e ousa tentar impor uma forma de se comportar e até de pensar. Tudo num claro jogo de interesses comerciais que faz dela e de outros do gênero campeões de venda mundo afora.

Isso pode parecer mais uma teoria da conspiração, mas experimente viver com um adolescente, ouvir o que ele ouve, perceber como o que ele ouve o influencia na maneira de vestir, cortar o cabelo, pensar.

É assustador. Precisamos reagir pela família, pela escola, pela religião, resgatando os valores humanísticos da nossa juventude, sob pena de um futuro de trevas.