Chegam novas informações sobre a explicação da Eletrobrás Amazonas Energia para o aumento de até 22% nas contas de energia a partir de hoje.
Segundo a concessionária, Manaus agora está ligada ao restante do Brasil pelo Linhão de Tucurui e por conta da crise hídrica que afeta o sudeste o preço da energia subiu tanto assim.
Essa história não se sustenta. Vejamos.
Antes a nossa energia era produzida pela Hidrelétrica de Balbina, a menor parte, e por termoelétricas, a maior parte, hoje em grande parte terceirizadas (a quem pertencem essas empresas é uma pergunta nunca respondida). Elas consumiam diesel, mas, em tese, agora estão consumindo o gás de Urucu, vindo pelo gasoduto, portanto mais barato.
Se a explicação é a de que estamos integrados, a energia do restante do Brasil é preponderantemente de hidrelétricas, portanto, é mais barata. Não seria motivo para subir o preço em tamanho percentual.
O pior, no entanto, e cabe à Eletrobrás Amazonas Energia explicar, é que o linhão de Tucuruí, em verdade, não está trazendo energia, até porque a rede de distribuição ainda não está concluída, mas está levando energia produzida aqui por termoelétricas para socorrer o sudeste.
Portanto, se está indo e não vindo, como é que o suposto custo adicional de lá tem que ser repassado pra cá?
Para fechar, outra pergunta: qual a razão do tarifaço em Roraima de 54%.
Lá o sistema é termoelétrico. E preponderantemente terceirizado.
Aliás, de quem é a empresa que vende a energia para a Roraima Energia?
