A coluna “Painel” da Folha de São Paulo de hoje, pela RENATA LO PRETE traz como primeira nota a seguinte:
Garfo e faca
Em jantar com governadores do Nordeste, Ideli Salvatti pediu o engajamento de todos para evitar a aprovação da PEC 300, que estabelece piso salarial para policiais. Eduardo Campos (PSB-PE) reagiu: “Eu não vou para a porta do Congresso pedir voto contra um projeto que o Tarso Genro rodou o Brasil defendendo” – o então ministro da Justiça era a favor da emenda, com a ressalva de que não se deveria fixar valores.
Quando a nova ministra mencionou que, desde segunda-feira, pedia a Dilma Rousseff que os recebesse, Campos atalhou: “Com todo o respeito, a senhora sentou nessa cadeira agora. Nós somos governadores eleitos. Não precisamos de ajuda para falar com a presidente”. E completou: “Nós somos aliados! Não estamos aqui para chantagear o governo!”.
Comentário meu: Traduzindo para o popular as educadas palavras do Governador Eduardo Campos: “O BURACO É MAIS EMBAIXO, IDELI”. Afinal de contas ali estavam os governadores eleitos falando com quem perdeu a eleição, como premio de consolação ganhou um Ministério e agora quer colocar banca para cima de quem ganhou. Não dá, né Ideli.
Quando chegou ao poder com Lula, o PT perdeu a diretriz ideológica. Empurrou para debaixo do tapete as causas trabalhistas e se dedicou a exercer o poder pelo poder. Não surpreende a postura da ministra Ideli. É um retrato do que o PT se tornou: um partido fisiológico que age conforme a conveniência da companheirada.
Um país que tem Ideli Salvatti e Romero Jucá como Ministros do Absurdo vai fazer “Reformas” para quem?
Viva Sarney “O Redentor”!