Ministro-general admite o que havia negado

Do Blog do Noblat:

Informa Andrea Jube Vianna, da Agência Estado, que duas comissões permanentes da Câmara dos Deputados votam nesta quarta-feira requerimentos de convocação do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), José Elito, para dar explicações sobre a operação coordenada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e destinada a monitorar o movimento sindical no Porto de Suape, em Pernambuco (PE).

A operação teria o objetivo de evitar que a categoria incentivasse paralisações em outros portos brasileiros.
Na terça-feira da semana passada, o Estado publicou que documento sigiloso do GSI mobilizou a Abin para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória dos Portos.

No dia seguinte, o governo distribuiu nota assinada pelo ministro José Elito onde ele disse: “O Gabinete de Segurança Institucional da presidência da República repudia veementemente matéria […] insinuando que o governo faça vigilância sobre movimentos sindicais dos portuários do Estado de Pernambuco. A afirmação é mentirosa”.

Em sua edição de hoje, O Estado publicou o documento cuja existência fora negada pelo ministro-general. Forçado a revisitar o assunto, o ministro reconheceu a existência do documento, mas negou que tivesse mentido a respeito na semana passada. Argumentou, desta vez, que o monitoramento foi amparado pela Lei 9.883, de 1999, que criou o Sistema Brasileiro de Inteligência.

– A gente monitora tudo, assuntos que possam ser de interesse do País. Não foi um monitoramento de movimento a ou b, mas de cenário.

Entenderam? Viram a diferença?

Ministro não mente. Muito menos ministro-general.