Da Folha de São Paulo por SILVIO NAVARRO
Reeleito com o maior percentual de votos válidos (82,84%) nas eleições, o pernambucano Eduardo Campos (PSB) é o governador mais bem avaliado do país, aponta pesquisa Datafolha realizada em oito Estados e no Distrito Federal.
Segundo o instituto, a nota média atribuída a Campos foi 8,4. É a maior nota obtida por ele desde novembro de 2007. Na rodada anterior, em julho, ele marcou 7,7.
O pernambucano também alcançou a maior taxa de aprovação (ótimo e bom), com 80%. Em julho, esse índice era de 62%.
O ranking usa como critério a nota média do governador em escala de zero a dez. O critério de desempate é o índice de popularidade, que avalia percentuais de aprovação e reprovação.
Em segundo lugar na lista aparece outro governador reeleito, no primeiro turno, pelo PSB, o cearense Cid Gomes. Ele conquistou 61,27% dos votos nas eleições.
Gomes teve nota média de 7,6 e aprovação de 65%.
O terceiro colocado é o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), também reeleito. Ele teve nota 7,3 e aprovação de 60% dos baianos.
Sucessor de Aécio Neves (PSDB) em Minas Gerais, o tucano Antonio Anastasia inicia novo mandato com nota 7,1 -era 6,2.
Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro, teve nota 6,8. Antes de iniciar a campanha para renovar o mandato, marcava 6,3.
A pesquisa foi feita de 17 a 19 de novembro, com 11.281 eleitores, em 421 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
DE SAÍDA
Outros quatro governadores que entregam o cargo no final do mês também foram avaliados. Todos eles tiveram oscilações positivas em suas notas.
A nota de Orlando Pessuti (PMDB), do Paraná, foi 6,4 -era 6,3 na anterior.
O PMDB deixará de administrar o Estado após oito anos da gestão de Roberto Requião, eleito senador.
Em seguida, aparece o tucano Alberto Goldman, com 5,8, com discreta melhora em relação à anterior -5,7.
Substituto de José Serra (PSDB), que perdeu a disputa à Presidência, Goldman negocia nos bastidores um cargo na futura gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).
Em São Paulo e no Paraná, houve alto percentual de eleitores que disseram não saber avaliar as gestões: 29% e 28%, respectivamente.
A penúltima colocação ficou com a gaúcha Yeda Crusius (PSDB), nota 5,1, que teve o maior índice de rejeição da lista: 31%, superior, inclusive aos 29% de aprovação. Yeda não se reelegeu.
No rodapé do ranking está Rogério Rosso (PMDB), do Distrito Federal, que assumiu o cargo após turbulenta crise que derrubou o governo José Roberto Arruda (ex-DEM). A nota dele foi 4,