Eduardo Campos diz que 2013 não é para montar palanque, mas para melhorar economia

  • De OGLOBO.COM, por Letícia Lins e Flávio Freire, enviado especial:
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O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos<br />
Foto: Hans von Manteuffel / Agência O Globo

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos Hans von Manteuffel / Agência O Globo

RECIFE – O presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, criticou nesta sexta-feira a antecipação da corrida eleitoral de 2014. Ele reagiu às pressões para definir seu destino na sucessão presidencial, afirmando que “o ano de 2013 não é para montar palanque, mas montar canteiro de obra para dinamizar a economia”. Nesta sexta-feira, foi anunciado que o Brasil cresceu apenas 0,9% em 2012. Em Fortaleza, o ex-presidente Lula disse hoje que não espera nenhum rompimento no arco de alianças em torno do governo de Dilma Rousseff, mas destacou que uma eventual candidatura de Eduardo Campo representaria um risco na aliança do do PT com o PSB.

– O ano de 2013 não é para montar palanque, mas montar canteiro de obra para dinamizar a economia. É momento de se unir o país. Respeito a posição de cada um sobre a oportunidade, a situação. Mas nunca vi quem está no governo, sobretudo em momento de dificuldade, antecipar o calendário eleitoral. Nunca vi isso dar certo – advertiu.

O socialista pediu a aliados e principalmente ao PT, que respeite o “relógio” do partido.

– A nossa atitude hoje é de buscar convergência para o Brasil. E vamos deixar para 2014 o debate que o Brasil vai fazer de forma natural. Não vamos atropelar ninguém, mas também jamais seremos atropelados. Todas as vezes que o PSB foi afrontado, respondeu com tranquilidade e firmeza e não afrontou ninguém – declarou.

Ele ainda fez um apelo para que se apresentem aqueles que tiverem propostas. Porém, disse que o PSB não vai se apressar.

– O relógio do PSB trabalha no fuso horário do PSB, nós não vamos trabalhar com os horários dos outros – avisou.

Eduardo participou da formatura de cerca de 600 médicos que concluíram o programa de residência médica e vão trabalhar na rede estadual de saúde.

Ao dirigir-se aos médicos, criticou o governo federal por vir onerando os custos da saúde para estados e municípios. Ele reclamou que os valores repassados pelo SUS são insuficientes.

Durante encontro com membros do Diretório Nacional em Fortaleza, o ex-presidente Lula disse que “jamais tomaria qualquer atitude para impedir que algum companheiro fosse candidato a presidente”.

— Mas o que temos que ver é se, estrategicamente, é importante a gente colocar em risco uma coisa que tem dado certo nesse país, que é a aliança histórica do PT com o PSB – disse ele, ao deixar o encontro.

Pouco antes, o ex-presidente teria reforçado a ideia de que o PT não pretende romper com nenhum de seus aliados.

– Há um planejamento estratégico direcional de tolerância e paciência. De entender que, se alguém quiser romper conosco, que rompa. Nós não queremos romper com ninguém. O que nós queremos é fortalecer, só que não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos. O ideal é que a gente consolide as forças políticas que estão ajudando esse país a mudar, como está mudando.

Comentário meu: Esse é o nosso Presidente. Literalmente.