DILMA E SERRA: É PRECISO FAZER O BOM DEBATE

A campanha avança, mas a discussão dos temas mais relevantes para o nosso futuro ainda não entraram na agenda dos dois candidatos, Dilma e Serra.

Temas como as reformas política, tributária, trabalhista e previdenciária não mereceram de parte a parte uma única palavra. E é nesses setores que temos os gargalos que nos impedem de crescer a níveis melhores que os de hoje. Os dois também passaram ao largo da discussão sobre o cambio sobrevalorizado, as metas de inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o pacto federativo, o desenvolvimento sustentável e o Banco Central independente.

Apesar de considerar o tema aborto importante, ele não pode ser o único tema da eleição. E olha que durante algum tempo os dois acusaram a Marina de ser monotemática por tratar prioritariamente do tema do meio ambiente.

Na Folha de São Paulo de hoje, Élio Gaspari publica artigo que aborda o tema com muita propriedade e que transcrevo, a seguir:

De câmbio, juros e trem-bala não se fala

Dilma e Serra mostraram os punhos, mas ainda têm tempo para expor suas agendas reais

DILMA ROUSSEFF E JOSÉ SERRA subiram o tom no primeiro debate. Nele houve mais vapor do que energia, mas se a baixaria mútua das volantes dos candidatos sair da agenda, todos terão a ganhar. É pedir muito, mas vale o registro: o dólar está a R$ 1,66 e a palavra câmbio não foi pronunciada. O real valorizado corrói a competitividade dos produtos brasileiros. Mais um pouco e retorna-se ao delírio do dólar tucano, quando comprava-se manteiga francesa baratinha nas boas casas do ramo, como durante a República Velha.

O dólar está a preço de banana porque a economia brasileira atrai investidores estrangeiros, muitos do quais vêm para cá buscar os juros lunares que Nosso Guia paga. José Serra é um veterano crítico dessa política e pode-se supor que Dilma Rousseff também não goste dela, mas nenhum dos dois toca no assunto porque temem sua complexidade e a antipatia da banca. São economistas e sabem o que fazem, mas devem refletir para o risco que correm. No fim do mês, contados os votos, alguém poderá perguntar ao vencedor:

– Você tocou na questão do câmbio?

– De passagem.

– E discutiu a fundo o quê?

– Serra: O aborto.

– Dilma: A privataria do Fernando Henrique.

Indo-se a outro tema, podem apresentar seus projetos de reforma política. Tanto Dilma como Serra querem mudar o quadro partidário e o sistema eleitoral, mas, por conveniência, não tocam no assunto.

Dilma Rousseff já disse que pretende instituir o voto de lista. Ele fortalece os partidos (ou suas burocracias) e retira ao eleitor o direito de votar nominalmente num candidato a deputado. Serra nunca tocou no assunto, mas há uma forte corrente no tucanato que simpatiza com a ideia. Seu xodó é o voto distrital. Essa modalidade de manifestação é como a feijoada, tem de tudo. Distrital simples? Com quantos candidatos? Distrital misto? Com lista aberta ou fechada? Que tal o distritão? Nele cada Estado forma um grande distrito e é eleito quem tem mais votos, sem transferências. Vale o registro de que o voto distrital pode ter muitos defeitos, mas não produz Tiriricas.

Na eleição americana de 1992, o marqueteiro James Carville (“É a economia, estúpido.”) proibiu Bill Clinton de pronunciar a palavra “infraestrutura”. Serra e Dilma adoram-na. Qualquer problema está relacionado com a tal de “infraestrutura” e qualquer solução, também. No entanto, nenhum dos dois se detém no mais ambicioso e caro projeto de obra colocado na agenda nacional. Trata-se do trem-bala que ligaria o Rio de Janeiro a Campinas. Pelo último cálculo, custaria R$ 34,6 bilhões, ervanário equivalente ao preço das hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, mais boa parte da obra de transposição do rio São Francisco.

Serra não gosta do projeto. Dilma, por seu lado, defende a iniciativa desde a época em que, entregue a uma estatal loteada, a Valec, o trem-bala era uma girafa com tromba de elefante. Nosso Guia quer leiloar a obra em dezembro. Seja o que Deus quiser.

Talvez nenhum desses temas caiba numa resposta de dois minutos, mas os dois candidatos dispõem de outros meios para mostrar que são capazes de discuti-los.

3 thoughts on “DILMA E SERRA: É PRECISO FAZER O BOM DEBATE

  1. O Brasil não pode voltar atrás chega de regressividade vamos continuar com Dilma olha a diferença entre o PT e PSDB veja o crescimento que ouve nos últimos anos com o presidente Lula!

    Na área de emprego:
    A partir desta quarta-feira, a Carta Maior publica uma série de artigos do economista José Prata Araújo, fazendo uma comparação entre os governos Lula e FHC. Araújo apresenta números e resultados dos dois governos, procurando apresentar os dois caminhos que estarão diante da população brasileira no dia 31 de outubro. No primeiro artigo ele aborda o tema da criação de empregos. O Brasil está entre dois caminhos, assinala. O de Dilma e Lula representa mais desenvolvimento econômico, mercado interno de massas, distribuição de renda, e mais empregos formais. O outro caminho, representado por Serra e FHC, já é conhecido dos brasileiros: baixo crescimento, privatizações, poucos empregos e flexibilização da CLT e da carteira assinada.
    O indicador do mercado de trabalho formal mais amplo é a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS. Os dados da RAIS são divulgados anualmente, representam cerca de 97% do mercado de trabalho formal brasileiro e são aproximadamente 6,9 milhões de empresas declarantes. De forma diferente do CAGED, que se restringe ao trabalho celetista, a RAIS também recolhe dados dos estatutários, dos trabalhadores regidos por contratos temporários e dos empregados avulsos.
    eja na tabela abaixo os dados da RAIS dos últimos 15 anos e a estimativa para 2010. Sob Lula serão 15 milhões de empregos formais em oito anos, uma média de 1.877.954 empregos por ano. Já sob FHC, os números foram bem mais baixos: 5.016.672 vagas em oito anos, com uma média de 627.084 contratações anuais.
    Assim, a média anual de geração de empregos com Lula pela RAIS foi cerca de três vezes maior que no governo FHC. Os tucanos sempre desacreditaram a meta de 10 milhões de empregos, fixada por Lula em 2002. O petista acabou alcançando 15 milhões de novos empregos de carteira assinada e os 10 milhões viraram a diferença para mais em relação ao governo FHC.
    O Brasil entre dois caminhos: continuar com Dilma e Lula, com mais desenvolvimento econômico, mercado interno de massas, mais distribuição de renda, mais e melhores empregos formais. O outro caminho, representado por Serra e FHC, já é conhecido dos brasileiros: baixo crescimento, privatizações, poucos empregos e flexibilização da CLT e da carteira assinada.
    (*) Economista mineiro, autor dos livros “O Brasil de Lula e o de FHC” e “Guia dos direitos sociais”
    Privatização José serra é o destaque da privatização dito pelo o próprio FHC.veja o vídeo.

    FHC garante: Serra foi o maior defensor da privatização no Brasil

    do QUEM TEM MEDO DO LULA”
    Poderá também gostar de:

    Educação e Ensino técnico feito pelo o governo lula!
    Lula e as mudanças que não se enxergam.

    Devemos lembrar-nos do ano de 2002, para entendermos o Governo Lula e o exato contexto de mudanças:
    Situação Política e Econômica pré Lula:
    1. Janeiro de 1999 uma desastrada maxi-desavalorização do real elevou de 1, 12 para 2,17 em apenas uma semana;
    2. O governo privatista FHC se esgotou em 15 dias após a posse;
    3. Os três anos seguintes foram de extrema letargia, baixo crescimento e todos os “ganhos” das grandes privatizações foram consumidos no imenso déficit das contas públicas;
    4. Iniciado o ano da sucessão a oposição comandada por Lula era amplamente favorita;
    5. Apesar da melhoria da economia em 2001 o governo politicamente estava derrotado;
    6. Abril de 2002 o Dólar estava no cambio flutuante no valor de R$ 2,32. O risco país em torno de 800 pontos (dados do BC);
    7. A candidatura governista e da imprensa e dos empresários o Sr José Serra não alça vôo é uma candidatura que ruma ao fracasso;
    8. Em meados de abril/2002 o Sr Luiz Fernando Figueiredo Diretor de Política Monetária do Banco Central modifica a política de prefixação de rendimentos dos fundos de investimentos. Antecipando os vencimentos dos títulos públicos fixados em dólar;
    9. A medida, aparentemente técnica, na verdade revela-se uma tentativa de golpear a oposição, pois com ela todos os índices econômicos são alterados radicalmente;
    10. Em um mês o dólar salta pra três reais, o risco país vai a 1500 pontos. A imprensa pró-FHC e seu candidato espalham boatos que a culpa deste desarranjo é a expectativa de Lula ser Presidente;
    11. Este clima de terror eleitoral foi maligno para o país entre o primeiro e o segundo turno o dólar chegará a 4,04 e o risco pais a 2500 pontos, o IGPM que remunera alugueis e tarifas publicas vai a 30%;
    Lula recebe a “ herança maldita”

    O país acaba pedindo 25 bilhões de dólar ao FMI em Dezembro de 2002 e aumenta a taxa de juros para 23,5% ao ano. O novo governo tem de lidar com um país saqueado, política de terra arrasada.
    Todos os planos de mudanças urgentes e estruturais serão adiados, pois se precisa primeiro não deixar o país falir de vez. Todo o esforço de Lula foi convencer aos empresários e investidores estrangeiros que ele não porá fogo ao país, não dará calote, não deixará de cumprir os contratos mesmo àqueles que foram draconianamente elaborados.
    Herança maldita na educação!

    Óbvio que em todos os setores foram sacrificados, os ministérios sociais (Saúde, Educação) não ficaram imunes a este tempo bicudo. A educação foi entregue ao Sr. Cristovam Buarque, conhecido como grande produtor de idéias, mas se revela um gestor ineficaz, que mesmo com as restrições impostas pela política de poucos recursos foi incapaz de inovar na gestão.Sua gestão foi marcada praticamente uma continuidade da desastrosa gestão Paulo Renato, talvez o pior Ministro da Educação do Brasil.
    Pouco também diferiu a gestão “tampão” de Tarso Genro, uma acomodação política às forças governamentais.
    Isso é apenas um pouco das verdades que aconteceram entre o governo de FHC do Serra e do atual presidente Lula.

    Salário na época de FHC de Serra. Comparação! Veja dados veridicos

    Dados:
    • Salário mínimo governo FHC – 01/01/1995= R$ 70,00 – 2002= R$ 200,00 – variação em 8 anos= R$ 130,00 (186%) que subtraídos de uma inflação* de 100, 66%, dá um aumento real de 85,34%;
    • Dólar** governo FHC = 01/01/1995 = R$ 0,844 07/01/2002= R$ 2,342;
    • Salário Mínimo em Dolar FHC = Melhor cotação- Maio de 1998 = U$ 113,05 (salário R$ 130,00 USD=R$ 1,150);
    • Salário mínimo governo Lula = 01/01/2003= R$ 200,00 01/01/2010= R$ 510,00 variação em 8 anos= R$ 310,00 (155%) que subtraídos de uma inflação* de 54,03%*** no período de 2003 a 2010, dá um aumento real de 100,97%;
    • Dólar** governo Lula = 01/01/2003 = R$ 3,522 07/01/2010= R$ 1,174;
    • Salário Mínimo em Dolar Lula = Melhor cotação- Janeiro de 2010 = U$ 296,17 (salário R$ 510,00 USD=R$ 1,722) .
    Motivado pelo ataque cibernético vergonhoso que o jornalista do DIAP Marcos Verlaine sofreu de Ricardo Noblat e sua claque, decidi criar a série: Comparação Lula x FHC para dar continuidade a discussão do post Rebatendo as mentiras da imprensa partidária e seguir com as comparações entre os governo Lula X FHC, que os jornalistas serristas tanto temem e procuram atacar, com as fontes que eles tanto pedem, porque a gente precisa desenhar para esse pessoal entender o que todo brasileiro humilde sabe de cor e salteado sem precisar consultar fonte alguma.

    Lula cumpriu o que disse, ele disse que ia levar o salário mínimo pra 500,00 reais e conseguiu, já José serra está com uma conversinha fiada de 600,00 ele quer falir o Brasil! Só pode! Já sei o Serra está de olho nas reservas que o presidente lula criou a vontade dele é de gastar tudo o que o presidente lula construiu .
    A mídia está de que lado?

    O Serra critica a Dilma focando na questão de sua assessora Erenice, agora o assessor de Serra foge com 4 milhões de sua campanha. O PSDB abafou o caso e está fazendo de tudo pra não dar boate, o interessante é que, a grande mídia silenciou diante dessa situação. De que lado a mídia está? Esses poderosos sabe que o PT está do lado do pobre, agora eles querem eleger o Serra pra acabar com a prioridade que os pobres tem, conseguida nesses oito anos de presidente Lula. A mídia está jogando dura na Dilma mais o povo brasileiro está acordado não queremos mais voltar ao tempo de Jose serra Vamos todos votar na Dilma!
    Dilma lutou contra a ditadura junto com o povo, foi as ruas, permanecendo no Brasil ela foi presa quase três anos, mais ela não desistiu continuou lutando, a prisão não intimidou é tão provável que hoje é grande candidata do Brasil.
    Lula confia na Dilma.

    Hoje estamos diante de um país quer cresce, que desenvolve antes era um sofrimento. O presidente lula pegou o Brasil no fundo do poço, lutou pra reverter o quadro e conseguiu hoje ele candidata a Dilma pra continuar fazendo e para fazer aquilo que ele não fez. Por isso vamos vota na Dilma.
    ( Nisemar ramos de olivewira)

  2. gente ,por favor ,NAO vamos votar na Dilma!se ela for eleita virá atras dela vários corruptos ,o Serra mesmo com todos seus defeitos ,uma coisa temos q admitir ,ele quase nao tem escândalos envolvendo corrupçao,só uma pessoa nessa eleiçao só,antes uma pessoa do que varios corruptos

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