DESEMBARGADOR PASCARELLI AVALIA SUA GESTÃO NO TRE

Cerimônia de passagem da presidência do órgão ocorreu em 15 de abril


“O Pacificador”, assim o Sindicato dos Servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), advogados e magistrados presentes denominaram a personalidade do desembargador Flávio Pascarelli durante seu biênio enquanto presidente do TRE. A cerimônia de passagem do comando do TRE, que aconteceu em 15 de abril, foi marcada por homenagens ao desembargador. Confira trechos da entrevista com o desembargador.

– O senhor assumiu o TRE-AM num momento complicado, com a produtividade baixa nos Tribunais Regionais e ameaça de greve. Como foi para o senhor gerenciar essas crises?

– Acho que avançamos nesse ponto. Assumi o comando do TRE num momento de crise, os servidores estavam em greve. Com o diálogo conseguimos reverter essa situação e assim não houve nenhum prejuízo para as eleições. A produtividade aumentou muito, mesmo com um colegiado menor, nós ficamos mais de dois anos com o colegiado incompleto, e mesmo assim conseguimos dar vazão a um grande número de processos.

– Qual o seu principal legado?

– Sem dúvida a possibilidade de fazermos eleições limpas em todos os sentidos, até mesmo no ambiental. Em 2012 o TRE fez uma grande campanha e com isso Manaus foi a primeira cidade do Brasil a amanhecer, no dia da eleição, sem a derrama de santinhos e esse cenário permaneceu depois de encerrada a votação. Essa conquista foi reconhecida pela Rede Globo que nos concedeu o Prêmio Innovare na categoria juízes

– Quais as grandes conquistas na área administrativa da sua gestão

– A revisão biométrica dos eleitores foi muito importante. Conseguimos iniciar esse processo. O cadastramento foi feito em todo entorno de Manaus, em sete municípios da região metropolitana, incluindo Manacapuru, o segundo maior colégio eleitoral do Amazonas. Ganhamos experiência. Em Manaus esse cadastramento vai ser mais árduo

– O que mais o senhor destaca na sua administração?

– Conseguimos a verba necessária para a reforma do prédio do TRE e a construção de novos prédios no interior. E um concurso público, o resultado foi visto hoje quando demos posse a 40 novos servidores.

– O que não conseguiu fazer?

– A descentralização que tanto sonho não aconteceu na minha gestão.

– No dia 4 de julho o senhor assume a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas. Que experiência o senhor levará do eleitoral?

– Passei pela Corregedoria e Presidência do Tribunal Regional Eleitoral lidando com os mesmos juízes com quem convivo no Tribunal de Justiça. Pretendo trabalhar da mesma maneira que sempre trabalhei, com o diálogo. Ouvir todos os juízes, servidores, advogados, jornalistas, ouvir todo mundo. Mas temos que fazer um diagnóstico primeiro, que será feito na fase de transição.