DENGUE MATA

O Globo de hoje traz duas notícias sobre dengue. Uma sobre o Rio de Janeiro e outra sobre o Amazonas. Lá como cá a preocupação é com a possível epidemia de dengue. Quando se analisam os números verifica-se que a situação aqui é bem mais complicada do que lá.

O Rio de Janeiro tem 15.993.583 habitantes e registrou 3.582 casos no mês de janeiro. Já o Amazonas, no mesmo período, registrou 4.671 casos tento 3.480.937 habitantes. Ou seja, para uma população menor temos mais casos e o mesmo número de mortes que o Rio de Janeiro – seis.

Isso preocupa e deve merecer de imediato uma reação de todos. O poder público, obviamente, tem suas responsabilidades, mas todos nós temos que participar. A dengue decorre de falta de prevenção. O acúmulo de água limpa parada vira criatório de dengue e a partir daí as coisas acontecem.

O Blog do Sarafa faz a sua parte republicando texto retirado do site “COMBATE À DENGUE” – http://www.combateadengue.com.br/?page_id=10 – que dá aos leitores uma visão do que deve ser feito:

Prevenção da Dengue

A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.

A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.

Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.

Leia mais: http://www.combateadengue.com.br/?page_id=10#ixzz1DaFdcD00

Ciclo de Transmissão da Dengue (Imagem: MDS)

Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.

É bom lembrar que o ovo do mosquito da dengue pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.

Leia mais: http://www.combateadengue.com.br/?page_id=10#ixzz1DaFMvWAX

Ações simples para combater a proliferação do mosquito da dengue

Confira uma relação de ações para prevenção da dengue na sua região.

Como eliminar as larvas e os mosquitos da dengue

Pesquisadoras da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto (SP) descobriram que a cafeína é fatal para o desenvolvimento da larva do Aedes aegypti. No estudo, elas verificaram que quanto maior a concentração de cafeína na água parada contida em vasos, ralos e plantas, menor o tempo de vida das larvas. De acordo com as cientistas, foi  registrada uma taxa de mortalidade de 100%. Nenhuma das larvas conseguiu chegar ao último estágio de desenvolvimento.

Resultados semelhantes foram obtidos com a borra de café. Em laboratório, quatro colheres de sopa de borra de café bloquearam o desenvolvimento de larvas mergulhadas no equivalente a um copo de água.

Em situações de epidemia de dengue, o método de combate mais usado contra a reprodução do mosquito é a aplicação de inseticidas, mas a maioria desses produtos é tóxica. Além disso, com o tempo, os mosquitos podem adquirir resistência a essas substâncias. A borra de café funciona como um inseticida natural e não faz mal para seres humanos, animais e plantas.

Outros produtos, como o sal de cozinha e a água sanitária, têm sido recomendados contra o Aedes egypti. Mas há limitações: eles não podem ser aplicados em plantas, por exemplo. A borra é um resíduo produzido diariamente na maioria das residências. Ela pode ser jogada sobre o solo dos jardins e hortas, na terra dos vasos ou dentro das bromélias. Não se deve diluí-la em água antes de aplicar.

A larva se intoxica ao ingerir extratos de borra do café. A quantidade de borra a ser utilizada depende da quantidade de água acumulada. Se o local contém o equivalente a meio copo de água de chuva ou de rega, por exemplo, duas colheres de sopa de borra bastam. A mesma quantidade de borra nova deve ser colocada a cada sete dias.

Leia mais: http://www.combateadengue.com.br/?page_id=10#ixzz1DaFHlNqF

One thought on “DENGUE MATA

  1. Serafim, coincidência ou não a dengue tem proliferado nos municipios, inclusive Manaus, onde houve primeiro o desmonte das estruturas de vigilância em saúde e em segundo lugar onde há clara instabilidade politica pelas cassações ou pela possibilidade destas, senão vejamos.
    Manaus foi a última capital de estado no Brasil implantar uma norma consagrada do SUS que é a distritalização das ações de saúde, ou seja, a divisão da cidade em distritos de saúde que nada mais são do que a implantação de braços da secretaria municipal de saude com poderes de planejar, executar e avaliar as ações básicas de saúde em quatro áreas de Manaus de modo a permitir com a descentralização e a desconcentração de poder, conferindeo por conseguinte maior agilidade nestas ações.
    Foi exatamente o que ocorreu na sua gestão quando tive a oprtunidade de gerenciar o Distrito de Saude Leste – DISA LESTE que mesmo com toda a sua grandiosidade – 57 Unidades de Saude, 2.800 servidores, 10.000Km2 e aproximadamente 400.000 usuários, manteve ao longo de dois anos (2007 e 2008)índices aceitaveis de infestação de mosquitos e de casos de dengue com nenhum óbito.
    Dois anos depois o que está ocorrendo para desespero da população?
    Houve um desmonte dos Distritos de Saúde com perda total de autonomia e o cruel sucateamento das equipes de vigilancia com o comprometimento do controle e das ações educativas e de vigilância epidemiologica permitindo com isso o recrudescimento e o descontrole das ações de combate à Dengue na Capital.
    Agora o componente politico que também leva a esse descrontrole é exatamente a instabilidade politica das autoridades nesses municipios ( é só observar que dos 8 municipios com estado de emergencia em relação á dengue a maioria teve ou terá o prefeito cassado) logo, essa instabilidade faz com que essas autoridades politicas e sanitárias prefiram dar mais e melhor atenção às áreas onde o investimento financeiro e politico lhes dê maior visibilidadede e retorno para futura eleição. E nem sempre saúde publica é o forte dessa gente com a corda no pescoço.

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