Quais as reais ameaças que pairam sobre o processo democrático brasileiro, nos estertores de um governo que prega o golpe e denuncia o processo eleitoral, tendo à sua ilharga o ministro da defesa e uma penca de engalanados, e seus aficionados, pedindo o fechamento das instituições, clamando por ditadura já?
Categoria: Roberto Amaral
Convém botarmos as barbas de molho
Às vésperas de um pleito que é, sem dúvida, o mais importante de quantos tivemos desde o fim da ditadura instaurada em 1º de abril de 1964 (regime de terror que nos atanazaria por 21 longos e doloridos anos), o país volta a ser inquietado pelo temor de um golpe
A indignidade e indigência dos militares são temas inadiáveis
“Incompetência, roubalheira e pusilanimidade é o resumo do noticiário militar. E há ainda o golpismo permanente. Vai ficando cada vez mais difícil sustentar que as Forças Armadas se modernizaram e democratizaram.” (Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo, 20/04/2022) Era de se esperar – se a lógica fosse a mestra da História – que
É urgente sepultar o bolsonarismo
A política é o encontro do desejável com o possível e o necessário (ou contingente). Nem sempre esses três elementos se dão as mãos. A boa ciência está em optar pelo melhor possível quando as condições são desfavoráveis. Ou seja, fazer do limão uma limonada, sem, todavia, renunciar ao estratégico
“Presidencialismo mitigado”: a nova face de um velho golpe
No Brasil, o parlamentarismo não é um sistema de governo, mas um instrumento de golpe de Estado, um desvio, uma pinguela de que a casa-grande lança mão sempre que supõe ver seu poder político ameaçado, seja por uma dissidência no bloco hegemônico, seja pela simples suspeição de emergência das massas,