Campos e Marina

Por Marcelo Ramos:

A política deve ser para o político como o jardim é para o jardineiro. Para o jardineiro, o jardim não pode ser espaço de contemplação privada, ele só tem sentido se for espaço de usufruto coletivo. Não tem sentido ao jardineiro cultivar a mais bela rosa e depois arrancá-la do jardim e tomá-la para si. Assim deve ser a política a arte de construir o bem para o gozo de todos e não o espaço da apropriação privada e da vaidade pessoal.

Foi como jardineiros que vi Eduardo Campos e Marina Silva caminharem pela nossa querida Manaus. Com a humildade e o amor de quem deseja fazer o bem, plantar belas flores e fazer da vida de cada brasileiro um jardim de dignidade, justiça e verdade, dialogaram com o povo do Amazonas e dos Estados da Região Norte com o objetivo de preparem seu Plano de Governo.

Numa caminhada em que o todo é mais importante que o indivíduo, em que o diálogo é mais importante que a imposição, Eduardo Campos e Marina fazem das suas experiências políticas e de vida diferenciadas componentes de uma unidade que bem representa o desejo de mudança que pulsa hoje no coração da maioria dos brasileiros.

Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e com ação pública marcada pelo desenvolvimentismo. Marina Silva, ex-senadora do Acre comprometida com a sustentabilidade. Da união de Campos e Marina, nasce algo até melhor que só Campo e só Marina. Da capacidade que Campos e Marina têm de ouvir e traduzir os anseios do povo nasce o que o Brasil precisa para voltar aos eixos do desenvolvimento sustentável, da justiça e da ética na política.

Na essência, não tem sentido para a política produzir riqueza a custo do suor do povo trabalhador para depois apropriar-se privadamente dessa riqueza para si e para os amigos do poder. Não tem sentido, como não tem sido ao jardineiro arrancar a mais bela rosa do jardim.

Eduardo Campos e Marina reacendem as esperanças de parcela importante do povo brasileiro. Para mim, são jardineiros a plantar e cuidar do jardim onde estão os valores e princípios da República e da Democracia.