Por Mario Adolfo Aryce , do site do TJAM:
Desembargador Ari obtém 11 votos contra 8 da desembargadora Graça Figueiredo. Wilson Barroso eleito vice e Yedo Simões corregedor
Por 11 votos contra 8 da desembargadora Graça Figueiredo, o desembargador Ari Moutinho foi eleito o novo presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Na mesma sessão do Tribunal Pleno, foram eleitos o vice-presidente, desembargador Wilson Barroso (11 votos) e o corregedor-geral de Justiça, Yedo Simões (12 votos). Foi uma das mais acirradas disputas da história do TJAM, realizada diante de um auditório completamente lotado e com a presença de todos os veículos de comunicação de Manaus.
O processo de votação teve início às 10h15 com a escolha dos desembargadores Djalma Martins, Socorro Guedes e Carla Reis para escrutinadores. O desembargador Djalma ficou encarregado de distribuir as cédulas para presidente, para corregedor a desembargadora Carla Reis e para vice-presidente a desembargadora Socorro Guedes. Pelo critério de antiguidade votaram o decano Djalma Martins, Graça Figueiredo, Ari Moutinho, Socorro Guedes, Domingos Chalub, Yedo Simões, Flávio Pascarelli, Wilson Barroso, Paulo Lima, Rafael Romano, Aristóteles Thury, Encarnação Salgado, Mauro Bessa, Cláudio Roessing, Sabino Marques, Carla Reis, Wellington Araújo e Jorge Lins.
No final, a votação foi anulada devido à falta de uma cédula. De acordo com o presidente João Simões, “Houve um problema em uma cédula, que só foi verificado no final da votação. Então, nós resolvemos refazer o processo, para evitar qualquer discussão”, disse o presidente, informando que, ao invés de ser impressa 19 cédulas, foram impressas apenas 18.
— Houve uma dúvida, se tinha sido 20 ou 18 cédulas. Para evitar essa dúvida, nós resolvemos refazer a votação. E isso foi muito bom porque não há nenhuma discussão – disse Simões, revelando que a cédula com problema foi para corregedor.
Às 10h58 a sessão foi reaberta, desta vez com as três urnas colocadas fora da cabine. Às 11h55 as urnas foram abertas e os votos computados pelos desembargadores Djalma Martins e Carla Reis. Assim que complementou o número de votos que elegeria Ari Moutinho, ouviu-se uma explosão de fogos na área do estacionamento do Tribunal.
—Quis a força do universo, que comanda os destinos dos homens, que hoje eu estivesse neste Plenário para participar de uma disputa para presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas. Para mim é um momento bastante emocionante, com uma carreira toda pontilhada de elogios em 37 anos de serviço público. Depois de três concursos que realizei na magistratura e em todas as funções que exerci, procurei fielmente honrar o julgamento que fiz como magistrado – disse o desembargador.
NOVO DESAFIO
Na coletiva aos jornalistas, Ari Moutinho disse que um de seus objetivos como presidente é dar segmento à “Boa administração que está sendo realizada e finalizada pelo colega João Simões”.
—Um dos sonhos que tenho, é trazer o Judiciário para mais perto da sociedade. Eu acho que ainda está um pouco longe, quero procurar divulgar cada vez mais as boas ações que são realizadas diariamente pelo Poder Judiciário amazonense. Lamentavelmente, as nossas boas ações ficam quase sempre nas prateleiras dos cartórios e a imprensa não toma conhecimento. Eu quero exercer a função de presidente de portas abertas, com transparência, atendendo a todos os senhores (da imprensa), como eu sempre fiz no TRE. Moutinho também disse esperar a colaboração da imprensa, “Que é um poder muito forte”.
—Como diz Rui Barbosa, a imprensa são os olhos da nação. Eu não quero somente elogios da imprensa, eu quero, que quando for merecedor de bons elogios, que a imprensa faça isso por todos nós, não a mim, mas à instituição que eu represento – disse o presidente eleito.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Depois da eleição, o presidente João Simões concedeu uma entrevista à imprensa, onde fez um balanço de sua administração, que se encerra no dia 29 de junho. “Nós vamos apresentar um balanço de tudo que está sendo realizado. As nossas ações, em especial na área administrativa e na área judiciária. Na área administrativa, com saneamento nas finanças do Tribunal e com a realização dos concursos públicos” – anunciou o presidente, adiantando que os servidores aprovados no concurso da Calha do Juruá, realizado em outubro de 2011, já estão trabalhando.
—Domingo agora será realizado o concurso da Calha do Rio Negro. E, dentro de 60 dias, será realizado o grande concurso que envolverá a área da capital, assim como também já foi aprovada a resolução para a realização do concurso de magistrado. Eu acredito que até o final da minha gestão faremos esse concurso de magistrado. É um concurso mais complexo, não se pode fazer um concurso de servidor ou magistrado de uma hora para outra. São muitos preparativos, muitos procedimentos a serem adotados, justamente para evitar qualquer percalço.
O presidente também anunciou que na área judiciária, o grande destaque é a certificação que o TJAM obteve do CNJ pelo cumprimento de todas as metas, em especial a Meta 3, em julgar mais processos do que receber.
— Faremos um evento na próxima quinta-feira, dia 29, onde serão conferidas às unidades judiciárias de melhor desempenho, um certificado emitido pelo Tribunal de Justiça. Neste evento teremos a presença da ministra Eliana Calmon e do ministro Mauro Campbell, que fizeram questão de estar presente, para junto conosco brindar, agradecer e parabenizar todos os servidores e magistrados que conseguiram esse feito – disse Simões.
