11 cursos de ensino superior do AM são “reprovados” pelo MEC

Do portal@d24am.com :

No Indíce Geral de Cursos (IGC) , ao todo, 11 instituições do Estado tiveram notas entre um e dois, nível considerado insatisfatório pelo Ministério da Educação.

Manaus – O Amazonas teve desempenho fraco na avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC) dos cursos de ensino superior do país. No Indíce Geral de Cursos (IGC) , ao todo, 11 instituições do Estado tiveram notas entre um e dois, nível considerado insatisfatório pelo órgão.

O IGC que leva em conta a nota dos alunos no Enade (exame federal) e outros indicadores como infraestrutura e qualidade do corpo docente, tem notas que vão de 1 a 5, e são consideradas insatisfatórias as médias 1 e 2.

Foram avaliadas 2.176 universidades, faculdades e centros universitários em todo o país.

Segundo relatório revelado pelo MEC nesta quinta (17), apenas a Faculdade de Odontologia de Manaus tirou nota 1, a mais baixa de todas.

Outras dez faculdades ficaram com nota 2: Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (Ciesa), Centro Universitário do Norte (Uninorte), Centro Universitário Luterano de Manaus (Ulbra), Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam), Faculdade Boas Novas de Ciências Teológicas, Sociais e Biotecnológicas, Faculdade La Salle, Faculdade Martha Falcão, Faculdade Táhirin, Instituto Superior de Ensino Materdei e Faculdade do Amazonas.

As 683 instituições com notas baixas vão passar por supervisão do governo federal e podem ser alvo de medidas que vão do arquivamento de pedidos de abertura de novos cursos até o descredenciamento.

Por outro lado, as 158 instituições bem avaliadas (IGC 4 ou 5) que têm algum pedido de abertura de novos cursos em tramitação no MEC poderão ter autorização automática, sem necessidade de visitas.

As medidas oficias serão anunciadas na tarde desta quinta-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

Também foi publicado no “Diário Oficial da União” a listagem dos 422,8 mil cursos avaliados pelo Enade 2010. A cada um foi atribuído um CPC (Conceito Preliminar de Curso), que leva em conta, além do Enade, indicadores como a titulação dos professores. Os resultados 1 e 2 são considerados insatisfatórios, o 3 razoável e o 4 e o 5 bons.

Em 2010 foram avaliados os bacharelados em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia, e os cursos superiores de tecnologia em agroindústria, agronegócios, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

Comentário meu: Esses resultados devem provocar, no mínimo, uma reflexão profunda em todos nós que temos compromisso com o futuro dessa terra, mas principalmente nos dirigentes dessas instituições, nos professores, nos alunos e seus pais. Afinal de contas, estamos todos nós nos enganando uns aos outros? Uns fazem que ensinam e os outros fazem que aprendem? É isso? O Exame da OAB já havia sinalizado nessa direção, mas terminou sendo apontado como “corporativismo”e “reserva de mercado”, quando a constatação é outra e bem grave: baixa qualidade do ensino. A responsabilidade por mudar esse quadro é de todos.