Filho: O maior presente de Deus

marceloserafim-artigosdNa semana passada, após uma reunião com coordenadores de um projeto que luta de forma incansável para a reduzir o número de abortos no Brasil, solicitei mais uma vez à liderança do meu partido minha indicação para compor a CPI que vai discutir os problemas, causas e soluções desta grave questão de saúde pública.

O meu nome já havia sido indicado no passado, mas por pressão de alguns movimentos, eu e outros deputados tivemos nossas indicações retiradas. Sou contra o aborto e defendo o pleno direito à vida, lamento profundamente que determinados movimentos optem por não discutir o problema com a clareza que a gravidade requer.

Como parlamentar, fiz a opção de defender a vida. Minha formação católica, fortemente influenciada pelo meu querido Colégio Dom Bosco, me fizeram desde a juventude um defensor da vida sobre todos os aspectos.

Muitas vezes, as mulheres se veem pressionadas por seus parceiros para que realizem um aborto sob pena de serem abandonadas e, infelizmente, muitas acabam cedendo. Essas mulheres viram vítimas tanto quanto seus filhos. Os primeiros, por não terem tido a chance de dizer um “mamãe, eu te amo” e as segundas por terem perdido a chance de participar das mágicas mais perfeitas da vida.

Todas as noites que escuto meu filho que tem dois anos dizer “boa noite, papai” reflito sobre as minhas obrigações enquanto homem público. Quantas vezes choro ao ver meu filho aprendendo algo, falando ou aprontando alguma coisa que deixa a mim e à minha esposa sempre de bocas abertas.

É por ver meus sonhos de pai realizados que luto contra o aborto para que milhares de homens como eu, possam ter o mesmo direito que hoje possuo por ter na minha vida a joia mais rara que poderia ter. Muito obrigado meu Deus, pelo filho maravilhoso que o senhor deu a mim e a Nely e me permita continuar lutando para que milhões de brasileiros possam ter o mesmo direito que eu.

Até quinta!

Marcelo Serafim é deputado federal pelo PSB/Am e farmacêutico Site: www.marceloserafim.com.br , twitter.com/_marceloserafim , marcelocserafim@hotmail.com e fone 92 32382835

10 thoughts on “Filho: O maior presente de Deus

  1. Muito bom o seu artigo, deputado Marcelo! Eu sou assistente social e tb sou contra o aborto. Infelizmente essa posicao nao eh defendida pelo meu conselho federal, o CFESS que luta pela descriminalizacao do aborto!
    Mas o CFESS tb participou da construcao do Estatuto da Crianca e do Adolescente que preve em seus artigos quarto, quinto e setimo assegurar com absoluta prioridade, a crianca e ao adolescente, a efetivacao dos direitos referente a vida, que a crianca nao sera objeto de qualquer forma de violencia e crueldade e que a crianca tem o direito a vida e direito a politicas publicas que garantam o seu nascimento!!! Que contradicao!
    Ate onde eu sei o aborto nao eh crime em casos de estupro e quando poe em risco a vida da mae, nao eh isso? Entao pq legitimar e defender um crime hediondo de se matar uma crianca que nao tem como se defender!!
    Semana passada assistimos a sociedade condenar o casal Nardoni por terem assassinado a crianca Isabella. E o assassinato de uma crianca pelo aborto nao eh merece a mesma indignacao da sociedade?
    Pq abortar? Pq eu nao quero ficar com o corpo feio? pq eu nao quero deixar a minha liberdade pra cuidar de uma crianca? Pq o corpo eh meu e eu decido tudo sobre ele?
    E quanto a laqueadura? Pq que pra eu fazer uma laqueadura eu preciso da autorizacao do meu parceiro? O corpo nao eh meu tb? Eh um homem que tem que decidir quando eu devo parar de ter filhos?
    Nao sao as criancas que tem que pagar com a vida pela falta de politicas publicas de planejamento familiar, pq as que existem nessa cidade me fazem chorar de tristeza! Eu tenho 2 filhos lindos, adoro ser mae, e sou contra o assassinato de criancas!!
    Parabens pelo artigo! Poucos sao os homens publicos que dao a cara a tapa pra defender a vida e dizer NAO ao aborto!

  2. – Papai, o que é Páscoa???

    – Ora, Páscoa é … bem .. é uma festa religiosa!

    – Igual ao Natal?

    – É parecido. Só que o Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.

    – Ressurreição?

    – É, ressurreição. Marta, vem cá!

    – Sim?

    -Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.

    – Bom meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?

    – Mais ou menos … Mamãe, Jesus era um coelho?

    – Que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir a uma missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse menino no catecismo!

    – Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?

    – É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a trindade. Deus é Pai, Filho e o Espírito Santo.

    – O Espírito Santo também é Deus?

    – É sim.

    – E Minas Gerais?

    – Sacrilégio!!!

    – É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?

    – Não é o estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!

    – Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?

    – Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.

    – Coelho bota ovo?

    – Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!

    – Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?

    – Era … era melhor, sim …ou então urubu.

    – Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né?

    – É.

    – Que dia ele morreu?

    – Isso eu sei: na Sexta-Feira Santa.

    – Que dia e que mês?

    -(???) Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-Feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Alelulia.

    – Um dia depois!

    – Não, três dias depois.

    – Então morreu na quarta-feira.

    – Não, morreu na Sexta-Feira Santa … ou terá sido na Quarta-Feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesma e ressuscitou no sábado, três dias depois!Como?

    Pergunte à sua professora de catecismo!

    – Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?

    – É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

    – O Judas traiu Jesus no sábado?

    – Claro que não! Se Jesus morreu na sexta!!!

    – Então porque eles não malham o Judas no dia certo?

    – Ui …

    – Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

    – Cristo. Jesus Cristo.

    – Só?

    – Que eu saiba sim, por quê?

    – Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?

    – Ai Coitada!

    – Coitada de de quem?

    – Da sua professora de catecismo!

  3. Caro deputado Marcelo, estou em inarredavel concordância com Vexª. As feministas entre outras coisas alegam que a mulher deve ter direito de escolher. Pois bem. E o feto? E o ser que está se formando dentro dela? Que mesmo sendo evangélico compartilho da mesma opinião católica de que a vida começa na concepção.

    O feto é independente da mãe. Ele se alimento do liquido da placenta. Na Bíblia,o livro de DEUS, ele fala que “nos conhece desde o ventre de nossa mãe”. Então, quem ousará ser assassino???

  4. Deputado, o senhor tem uma visão parcial do problema. Em primeiro lugar, é homem o que, obviamente, não deslegitima sua opinião sobre o aborto, mas, por isso mesmo, precisa ser contextualizada adequadamente. Segundo, o senhor trata a vontade feminina como se não existisse qdo menciona, apenas e tão somente, mulheres “pressionadas” para fazer um aborto. O corpo é feminino e a vontade também é. As mulheres precisam ter a prerrogativa de decidir. De preferência, sozinhas. Por fim, ao tratar da perspectiva religiosa, o senhor coloca a discussão em um plano dificil porque, não há como discutir fundamentado em preceitos religiosos que, obviamente, são inquestionáveis.
    Também eu defendo a vida, mas, principalmente, das mulheres que precisam ter o direito de tomar uma decisão dolorosa e dificil e que também precisam ter o direito de ser tratadas com dignidade e condições para continuem VIVAS. O senhor sequer menciona os números de mortes por abortos clandestinos nesse imenso país…
    A propósito, eu jamais faria um aborto, mas, nem por isso, sinto-me em condições de retirar esta capacidade de decisão de qualquer outra mulher igual a mim…
    Eu, realmente, o convido a pensar diferente…

  5. A mulher tem direito de decidir sobre a sua vida, mas não sobre a vida da criança que ela carrega no ventre. O seu filho pediu para ser gereado? Obviamente que não, portanto se ela decidiu manter uma relação desprevinida e gerou um filho ela assumiu todos os riscos. Concordo que milhares de mulheres em todo mundo acabam sendo vitimas de abortos mal feitos, no entanto, as crianças que são abortadas todos os dias tem o mesmo direito de serem protegidas que cadas uma das mulheres. Respeito sua opinião, mas sou obrigado a discordar.
    Abraços
    Marcelo

  6. Caro Dep. Marcelo,

    Parabéns pelo belíssimo Post, poucas personagens públicas ousam manifestar valores humanos inerentes´às suas pessoas, achei nobre seu posicionamento.

    O maior de todos os os direitos é o ‘direito a vida’, se esse direito fosse negado às mães abortistas, elas não estariam negando-o aos seus filhos e filhas, que verdadeiramente são presentes do SENHOR D_us.

    Um forte abraço, tomei a liberdade de postar na íntegra em meu blog este pot, espero não está incorrendo em nenhum erro.
    Rev. Jucelino Souza

  7. Querido Deputado e companheiro de partido Marcelo,
    Discordo da sua opinião por diversos motivos, mas o principal deles é o viés pelo qual tu abordas a questão: o viés religioso.Também não se trata de uma questão afetiva, de não querer ter a felicidade de ser mãe ou pai. Não. As mulheres não fazem aboroto por prazer e sim, na maioria das vezes, por imposição da realidade objetiva delas.Várias são as condições que determinam e influenciam as mulheres diante do processo de abortamento. Essa discussão é exustiva, companheiro.Cada caso é um caso. O certo e grave é que o aborto está entre as primeiras causas de morte das mulheres.
    Nós, feministas, também não defendemos o aborto pelo aborto ou como método contraceptivo. Não. Tratamos a questão do aborto como uma questão de saúde pública, haja vista os dados e casos alarmantes de abortos mal feitos e da forma como as mulheres são tratadas, na verdade, CRIMINALIZADAS, quando procuram atendimento médico por causa disso.Isso também é desumano. Enfim, aqui não caberia tudo a dizer sobre este tema, mas sento-me no dever de esclarecer o resumo do resumo da minha opinião sobre o tema.
    Abraços fraternos.

  8. Querido Deputado e companheiro de partido, Marcelo
    Apenas para corrigir: Onde se lê, na penúltima linha, sento-me, o correto é sinto-me.

  9. Agradeço a iniciativa de postar meu artigo em seu blog. Um fraterno abraço,

    Marcelo Serafim

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