Velha Política

Por Marcelo Ramos:

Com a renúncia do governador Omar e ascensão de José Melo vai completando 32 anos da chegada ao Poder do grupo criado a partir da vitória de Gilberto Mestrinho em 1982.

Considerando apenas o período do primeiro ano de governo de Eduardo Braga (2004) até hoje, o Orçamento do Estado cresceu mais de 300%, saindo foi de R$ 4,5 bilhões para próximo de 15 bi em 2014.

Com um crescimento tão expressivo do orçamento do Estado era de se esperar que no mesmo período houvesse significativa evolução nos índices sociais e na qualidade dos serviços públicos.

Não foi o que aconteceu!

POBREZA. Temos 648,6 mil pessoas vivendo na extrema pobreza, o que equivale a 18,6% da população, índice que é o dobro da média nacional (IBGE. Censo 2010).

VIOLÊNCIA. Em 2004, o Amazonas tinha 16,9 homicídios por 100.000 habitantes. Em 2010, passamos para 30,6 (Mapa da Violência 2012). Esse ínidce é mais de 3 vezes a média do Afeganistão que é de 9,9.

SAÚDE/MORTALIDADE INFANTIL. Em 2010, 25,2 de cada 1000 nascidos morriam antes de completar 5 anos. Essa é a 4ª maior taxa de mortalidade na infância do Brasil.

EDUCAÇÃO. Em 2010 o IDH-Educação do Amazonas era 0,561 nos colocando como 21º entre os 27 Estados da Federação.

De 2010 pra cá, com a continuidade da mesma política, agora capitaneada por Omar e Melo nossos índices sociais seguem vergonhosos.

Os que governaram o Amazonas nas duas últimas décadas enriqueceram os cofres do Estado e criaram algumas poucas fortunas pessoais, mas aprofundaram a pobreza e degradaram gravemente os serviços públicos.

Chegou a hora de um governo que se importe e construa o que realmente muda a vida das pessoas. E o que muda a vida das pessoas não é ponte de um bilhão ou arena de 700 milhões. O que muda a vida das pessoas é hospital, leito, médico, remédio, escola, salário de professor, incentivo à produção rural, trânsito mais humano, transporte coletivo decente, polícia bem equipada, bem treinada, valorizada profissionalmente. O que muda a vida das pessoas é transparência, bom uso do dinheiro público, eficiência na administração.