O Igarapé do Mindu é o maior em extensão e um dos mais importantes de nossa cidade. Ele está sendo destruído, pouco a pouco, pela ação de alguns e pela omissão de todos nós. Tenho, na medida do espaço que disponho, levantado essa questão. Em julho passado A CRÍTICA, através dos jornalistas Leandro Prazeres, Márcio Silva, Gerson Severo Dantas e Steffanie Schmidt publicou importante matéria chamando a atenção para o que está acontecendo. Ontem essa matéria ganhou o Premio Milton Cordeiro de Jornalismo 2013.
Ao ensejo em que parabenizo o jornal e a equipe que produziu a matéria reitero que está na hora de começarmos a tentar salvar o Mindu. Isso é algo que deve envolver a todos, sem exceção. E não se ache que quem agride o Mindu são pessoas de baixa renda que moram às suas margens na Zona Leste.
Não.
Ao longo do Mindu as mais graves agressões partiram de empresas, de pessoas de alta renda e, pasmem, até mesmo do setor público que construiu ou aterrou áreas que geram alagações nas grande chuvas, exatamente porque retém o fluxo da água.
Abaixo, transcrevo o post de ACRÍTICA.COM:
A CRÍTICA acrescenta mais um prêmio jornalístico ao seu currículo
Equipe do Jornal A CRÍTICA foi a grande vencedora da categoria “Jornalismo Impresso” do Prêmio Milton Cordeiro de Jornalismo 2013, entregue na noite desta sexta-feira (20), com a matéria “Condenado à Morte”, sobre o igarapé do Mindu.
Mais uma vez, uma reportagem veiculada nas páginas do Jornal A CRÍTICA ganha o seu devido reconhecimento: o caderno especial intitulado “Condenado à Morte”, sobre a história, glória e decadência do igarapé do Mindu, o maior de Manaus, venceu o Prêmio Milton Cordeiro de Jornalismo 2013 na categoria “Jornalismo Impresso”, entregue na noite desta sexta-feira (20). O repórter Leandro Prazeres, o fotojornalista Márcio Silva e o editor Gerson Severo Dantas integram a equipe premiada, representada na noite pela jornalista Steffanie Schmidt, revisora do texto.
O especial de oito páginas foi publicado na edição impressa do dia 8 de julho de 2012. Fruto da pesquisa, apuração e trabalho que durou cerca de um mês, a série de matérias conta a história de moradores do entorno do igarapé – que nasce no Puraquequara, Zona Leste de Manaus, e chega a cortar 14 bairros da capital amazonense até desaguar no rio Negro –, além de abordar trabalhos realizados na tentativa de mantê-lo vivo (como a preservação da nascente e limpeza regular) e resgatar histórias de quem teve o prazer de nadar em suas águas.
Leandro Prazeres e Márcio Silva percorreram toda sua extensão, seja de canoa, carro ou até mesmo a pé, para levar essas histórias aos leitores. Leandro, nascido no Rio de Janeiro e formando em jornalismo no Mato Grosso, depois de viver por anos em Rondônia, conta que quando chegou a Manaus e começou a trabalhar na redação de A CRÍTICA, começou a ouvir dos funcionários mais antigos relatos da época de ouro do Mindu.
“Sempre tive a sensação de chegar atrasado aos lugares e não tive a oportunidade de nadar no igarapé do Mindu”, conta o jornalista, que hoje vive em Londres. Foi a curiosidade de reviver essa época que o levou a ir atrás dessas histórias. “A sensação que tenho hoje, depois de escrever sobre o Mindu, é de que algo precisa ser feito para salvar o igarapé. Sei que meu filho recém-nascido não vai poder nadar nele, mas o filho dele poderá aproveitar o local se algo for feito a tempo”, completa.
A Crítica com dois finalistas
Apesar de “Condenado à Morte” ter sido o vencedor do Prêmio, outro trabalho especial produzido pela equipe de A CRÍTICA figurou entre os finalistas da categoria “Jornalismo Impresso”. Trata-se do caderno composto por 16 páginas denominado “A Cheia do Século – Estamos prontos para outra?” que, como o nome deixa claro, aborda a cheia histórica que o Rio Negro atingiu no ano de 2012.
A representante desta série de matérias foi a jornalista Carolina Silva, uma das repórteres que compôs a equipe do caderno, que ficou feliz por ter chegado à final. “É sempre gratificante ter o trabalho reconhecido desta forma. Ser finalista já é uma vitória também, pois é resultado do empenho da equipe em abordar todos ‘os lados’ da cheia, algo que está muito próximo de todos da região”, afirma.
“A Cheia do Século” foi publicada no Dia do Meio Ambiente (5 de junho de 2012) e chegou a ganhar o Prêmio de Imprensa Embratel Região Norte em maio de 2013.