Quando pensei que tinha visto tudo….

No futebol, como na vida, quando pensamos que já vimos tudo eis que surge algo que jamais imaginávamos que fosse possível acontecer. Confesso que nunca pensei em ver o Brasil perder de 7 X 1 da Alemanha ou de qualquer outra seleção, mas a verdade é que aconteceu.

É fato.

A paixão, a torcida, a animação, enfim o estado de espírito do torcedor termina fazendo com que não vejamos aquilo que depois que o fato acontece estava óbvio. Só nós não vimos. A realidade é que a nossa seleção vinha mal, ganhamos do Chile graças à trave e por duas vezes, mas não enxergamos.

Temos problemas estruturais no nosso futebol e vivemos a entressafra de jogadores.

A cartolagem que domina a CBF não é boa, o Brasil virou um exportador de jogadores em formação, um negócio de milhões de euros e ao contrário, por exemplo, da Copa de 58 que a base da seleção foi Vasco, Santos e Botafogo, o nosso time é formado por onze jogadores que jogam em onze times diferentes e no exterior. Só o Fred joga aqui pelo Fluminense.

Já a geração dos Ronaldos passou e a do Neymar ainda não ganhou corpo. Essa é a meu ver a dura realidade.

O que nos resta?

Em curto prazo, tentar o 3º lugar contra a Holanda, o que não será fácil. E em médio prazo, avaliar friamente tudo o que aconteceu, reformular nossos métodos, começar desde logo a trabalhar para 2018 e 2022, a exemplo que fez a Alemanha que prepara esse grupo desde 2006.

Quanto à política partidária e eleitoral, por favor, vamos separar as coisas. Assim como não cabe misturar religião com política, também não cabe misturar futebol com política. Cada coisa em seu lugar. Dela devemos cuidar a partir de segunda feira,  dia 14.

Agora, como disse, é brigar pelo 3º lugar.

E no domingo cada um torce por quem achar melhor, Argentina ou Alemanha que por seus méritos chegaram à final. Por entender que a Argentina, apesar de todas as nossas divergências, nos representa, pois é uma Nação sul americana e enfrenta a Alemanha que representa, com todos os seus predicados, a Europa, torcerei pelos “hermanos”, respeitando o direito de quem pensa diferente.

Vamos lá, Messi.