
Manaus – Motoristas e cobradores de ônibus de Manaus foram para a sede da prefeitura de Manaus, na manhã desta sexta (12), tentar uma reunião com o chefe do executivo municipal, Arthur Virgílio Neto. Eles reclamam das condições trabalhistas e pedem que as empresas paguem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e horas-extras.
Além disso, os rodoviários denunciam assédio moral. Ontem, no Dia Nacional de Lutas, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ordenou que, pelo menos, 60% circulasse nas ruas. Parte dos rodoviários decidiram que continuariam parados até que as reivindicações fossem atendidas.
Representando o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o secretário municipal de governo, Humberto Michiles, anunciou que vai conversar com os líderes dos rodoviários.
Um grupo dos rodoviários foram à prefeitura com fardas das empresas Açaí, São Pedro e Via Verde. Eles levaram cartazes com frases como “Somos trabalhadores e não escravos, temos família“, “INSS E FGTS são nossos direitos porque somos trabalhadores“ e “Não estamos sozinhos, temos o sindicato do nosso lado“.
Ônibus atrasados
No Terminal de Ônibus 3, na Cidade Nova, zona norte de Manaus, usuários reclamam que esperam o dobro do horário normal. A auxiliar de serviços gerais, Dona Ivonete Maria, aguardava pela chegada do ônibus da linha 036 desde as 6h30 e só chegou às 08h50. “É uma irresponsabilidade muita grande. Posso até perder meu emprego”, reclamou.
Usuários reclamaram da demora nos ônibus das linhas 059, 450-B, 350 e 458.
De acordo com Valdir Ribeiro, do Sindicato dos Rodoviários, 60% da frota da Açaí Transportes circula nas ruas de Manaus na manhã desta sexta. Dois carros, modelos Fiat Uno e Volkswagen Fox, controlam a entrada e saída na garagem.
Comentário meu: Os rodoviários têm razão quanto ao mérito, mas erram o caminho e o alvo. É justo eles reivindicarem o pagamento do FGTS e INSS, mas o caminho é a Justiça do Trabalho e o alvo não pode ser a população. Por esse caminho, como disse, equivocado, fecha Justiça do Trabalho e os prefeitos passam a acumular tais funções, além de que ao invés do alvo ser a arrecadação das empresas passam a ser os usuários. Óbvio que por aí não haverá solução. Torço para que o bom senso prevaleça.