Hoje, manhã de domingo, muita chuva, fiquei em casa e vendo as fotos do nível da enchente deste ano, busquei na Internet fotos sobre a enchente de 1953 que até 2009 foi a maior enchente.
De repente, a partir da foto que ilustra este post, começou a passar um filme na minha retina.
Em 1953, eu tinha seis anos e todos os sábados o meu pai me levava de bonde para passar o final de semana com os meus avós maternos – Antonio e Diamantina – que moravam em cima das Lojas Rianil que ficava na esquina da Sete de Setembro com a Praça XV de Novembro, onde hoje funciona a Biblioteca Artur Reis.
Aos domingos o programa era levantar cedo e ir ao mercado com os meus avós. Descíamos a Praça da Matriz, passávamos ao lado da Alfândega rumo ao mercado. E à tarde íamos passear no Roadway (farei um post contando uma história da qual participou ativamente o nosso poeta maior Moacir Andrade).
A foto mostra a “ponte” que foi construída e pela qual passei várias vezes com os meus avós. Ao lado direito, logo após a Alfândega, a Drogaria Fink (vejam a faixa) que era propriedade de um senhor polonês chamado Felix Fink (avô da Natacha e do Mário). Lá tinha um painel que dizia:
“Aqui tem tudo. Quando o balconista disser que não tem, procure a gerencia.”
A Drogaria Fink foi derrubada em uma das ampliações do espaço do Porto de Manaus.
Ao fundo, o Edifício Tartaruga onde funcionou a Defensoria e que há anos está abandonado.
Ao lado esquerdo, na esquina com a Marechal Deodoro , era a Loja Carioca. O prédio está lá, parcialmente conservado, mas sofreu muitas agressões quanto a sua construção original.
Antes disso, na esquina com Eduardo Ribeiro, ainda existiam dois imóveis que foram demolidos e deram lugar aquele “Camelódromo” bem ao lado do prédio da Receita Federal.
Enfim, foi uma “viagem” nostálgica.
Voltando aos dias de hoje, se continuar na marcha que vai, a enchente deste ano será bem maior do que a de 1953 e 2009. E fará um estrago maior. Portanto, é hora de agir. Não se pode deixar para depois.