Por Marcelo Ramos:
Os Governadores do Amazonas nos últimos anos gastaram milhões de reais em propaganda para criar um Estado de ilusão e de fantasia. Você pode até na lembrar dos resultados (até porque eles não existem), mas certamente lembra da enxurrada de peças publicitárias do Terceiro Ciclo, da Zona Franca Verde ou do Orgulho de Ser Amazonense.
A estratégia do momento é um tal “Governo de Oportunidades” e, mais uma vez, a realidade é muito diferente do que diz a propaganda do governo dia e noite na TV, no rádio e nos jornais.
Governo de Oportunidade é governo que cria infraestrutura para atividade produtiva, que desburocratiza procedimentos, que tem uma política tributária equilibrada e justa, que disponibiliza fomento e assistência técnica para o setor primário. Ou seja, governo de oportunidades é governo que estimula a atividade produtiva e cria condições para o desenvolvimento da economia e conseqüente geração de emprego e distribuição de renda.
O Governo do Amazonas é a negação absoluta do que seria um “governo de oportunidades”.
No Amazonas, o recurso que deveria ser investido na infraestrutura está saindo pelo ralo da ineficiência e da corrupção, os processos são cada vez mais burocráticos, a política tributária beira o confisco e o setor primário, no lugar do incentivo ao produtor, tem a politicagem.
O resultado não poderia ser outro. O governo, que se diz das oportunidades, no mês de abril/2014 teve o pior índice de geração de emprego dos últimos 12 anos, com 1.644 postos de trabalho formal eliminados. Nos últimos 4 meses já foram eliminados 3.232 postos de trabalho no Amazonas (CAGED-MTE).
A máquina pública no Amazonas é um paquiderme. Lenta nas suas ações e pesada nos seus custos. Para se ter ideia, em 2013 o Governo gastou R$ 168 milhões de reais com passagens e deslocamentos, isso significa um gasto de R$ 460 mil por dia.
Quando o dinheiro que deveria irrigar a economia sai pelo ralo da ineficiência, da corrupção e da inversão de prioridades o Amazonas nega oportunidades.
