Gandhi dizia que o que destrói o homem é a Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.
Nada mais atual num momento em que cada vez mais pessoas se movem por ilusões individualistas e fazem da ganância a guia dos seus destinos.
São homens e mulheres que andam pelas sombras da desilusão e que desacreditaram das pessoas e da vida. Que perdidos nos atalhos sombrios das futilidades não mais encontraram o caminho da paz. Que não aprenderam a lição do poeta de que as coisas leves são as únicas que o vento não leva (Mário Quintana).
São seres angustiados que sabem o valor de um carro de luxo ou de uma roupa de grife, mas esqueceram que num abraço fraterno duas almas se tocam, que lágrimas compartilhadas inundam o deserto da solidão e que mãos dadas firmam compromissos inquebrantáveis.
Eu prefiro as coisas leves e simples. Como Cecília Meirelles, pedi ao vento que levasse todo o desnecessário e deixasse apenas o que cabe no coração.
No meu coração só cabe a luta pra construir a boa política, o amor pelos meus filhos e pela minha família, o carinho dos meus amigos, a alegria de correr e a liberdade de ler. Todo o resto o vento pode levar.
Que o vento leve a vaidade que desvia o amor do homem e corrompe a sabedoria. Que o vento leve a ganância que vulgariza o conhecimento e despudora a nossa fé. Só sem vaidade e ganância somos capazes de olhar as coisas com os olhos da alma.
Desejamos um novo mundo, um mundo de paz, justiça e amor. Hoje tenho certeza que ele começa dentro de nós. Alimentando os nossos corações de humildade e tendo coragem de combater o mal com a arma mais poderosa que é a verdade estaremos preparados para construir e viver esse novo tempo.
Fica decretado que agora faremos tudo diferente! Política só com princípios; prazer só com compromisso; riqueza só com trabalho; sabedoria só com caráter; negócios só com moral; ciência só com humanidade; e oração só com caridade.