A CRITICA traz importante matéria sobre o risco da tragédia da Compensa, com a ruptura de uma adutora que causou prejuízos a 125 famílias, se repetir. E mostra áreas onde inclusive existem construções em cima de adutoras. Só há um senão na matéria: é que ela diz que a adutora passa “por debaixo de várias residencias”.
Em verdade é o inverso: as residencias foram construídas em cima da adutora.
Relembro duas situações que vivi quando prefeito que foram, no mínimo, surrealistas para não dizer comicas.
Uma: na Cachoeirinha onde após uma chuva torrencial ocorreram vários desmoronamentos. Dentre eles, o de uma casa construída em cima de uma linha de bueiro. Quando cheguei lá, a dona estava braba, acusando a Prefeitura de responsabilidade pelo desabamento já que passou a linha de bueiro por debaixo da casa dela. Perguntei-lhe: será que não foi a senhora que construiu a sua casa em cima da linha de bueiro? Ao que ela respondeu: “Sim, mas e daí?”.
Outra: uma gráfica construida bem em cima de uma galeria. Com o trepidar das impressoras por anos e anos, a galeria desmoronou e foi tudo abaixo. Ela entrou na Justiça para exigir perdas e danos como se tivesse sido a Prefeitura que construiu a galeria embaixo da gráfica e não o inverso.
Completa inversão de valores.
