Do site do PSB:
O último dia do Seminário de Formação Política para os Segmentos Organizados do PSB foi marcado pelo lançamento de uma nota oficial, através da qual todos os segmentos do partido apontam para a necessidade da candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, como parte de projeto nacional que tenha a cara do povo brasileiro.
Para o presidente nacional da Juventude Socialista Brasileira (JSB), Sérgio Cardoso, o encontro serviu para avaliar ações e para planejar novos passos, com o intuito de que o PSB deixe de ser apenas um partido de intelectuais e seja um partido das massas, entendendo o recado das ruas. “Esse recado somente poderá ser interpretado da maneira correta, se fizermos uma autocrítica sobre nossa atuação. Nossa candidatura à Presidência da República será um instrumento a mais de transformação e efetivação de direitos do povo brasileiro”, afirmou Cardoso.
Ainda dentro do seminário, aconteceu um debate sobre Reforma Política com o vice-presidente do partido, Roberto Amaral. Amaral apontou que desde a refundação do partido, na década de 80, os socialistas do PSB sabem que o Brasil precisa de uma Reforma de Estado, e apontou a necessidade do aprofundamento da democracia participativa, através dos seguintes mecanismos:
Plebiscito –o PSB é a favor do plebiscito, mas para o povo dizer Sim ou Não a uma consulta do governo, se aceita ou não tal medida, como é o objetivo original desse mecanismo.
Promover um plebiscito em menos de um mês sobre a Reforma Política, ainda com várias perguntas à população e a grande mídia manipulando os temas da consulta, além de ineficaz é “dar um tiro no pé com canhão”.
Referendum – O Congresso Nacional criou, mais uma vez, outra comissão para elaborar uma proposta de Reforma Política, que agora diz que irá submeter à população via referendum. Mas, além de não incluir nas discussões as mudanças que o povo reclamou nas ruas, o Congresso também não deve concluir mais essa proposta de Reforma. Estão entrando em recesso sem votá-la, no segundo semestre dirão que deve ficar para depois das eleições de 2014 e assim protelam as mudanças mais uma vez.
Nós, do PSB, defendemos que toda a reforma na Constituição, antes de entrar em vigor, passe por um Referendum junto à população.
Lista Partidária – Nós defendemos a lista partidária que, ao contrário do que dizem, que não favorece os partidos, tem o efeito inverso: os partidos fortalecidos é que merecem concorrer numa lista. O mecanismo privilegia os membros orgânicos dos partidos sérios. Nós precisamos de partidos fortes e a voz das ruas veio nos confirmar que, para isso, é essencial uma reforma partidária. Uma reforma com portas estreitas de entrada e muito largas para a saída.
O Congresso atual não irá promover essa reforma nem votar nada que seja contra os parlamentares e seus interesses de reeleição. Por esse motivo é que defendemos uma Constituinte Exclusiva.
Financiamento Público de Campanha – Defendemos o mecanismo, mas no formato Exclusivo, e não Misto, como quer o PMDB. Todo o financiamento viria, então, de um fundo público, não haveria mistura com recursos particulares nem de origens desconhecidas, que é o que dá margem aos desvios atuais. Nosso sistema eleitoral é um dos melhores do mundo, o problema são essas distorções.
Coligações – Após anos lutando pelas coligações políticas, percebo que temos que defender o fim desse mecanismo. Há momentos em que precisamos, cada um de nós, nos afastarmos de idéias antigas e fixas e pensar o novo. Este é o caso, para acabar com as distorções dos partidos de aluguel. “Os partidos não se associam mais pelas ideologias, há muitos organizados hoje em dia apenas para vender o tempo de TV e rádio – e não vendem barato”.
Outra distorção é a forma de cálculo do tempo de TV nas campanhas eleitorais e no Fundo Partidário, que alguns integrantes da comissão criada para a Reforma Política querem mudar, mantendo o direito apenas para os grandes partidos. Isso é absurdo, nós do PSB somos a favor do pluripartidarismo e de sua manutenção no Brasil.
Como resultado, a missão dos movimentos sociais dos partido é ocupar as ruas, e dar passos à frente na construção do socialismo.