Astrologia política

Por Joaquim Falcão

Como na eleição não se decide o passado, mas apenas o futuro, a época é de se tentar adivinhar o que virá. Quem ganha? Como ganha? Quem será Ministro? Quais os rumos da economia? Quais as alianças políticas? Quem presidirá o Congresso? E por aí vamos. É tempo de astrologias. O futuro, no entanto, dificilmente é encontrável nos astros ou nos votos. Basta olhar em volta.

O PT com Lula criticava e prometia terminar com a política econômica de Fernando Henrique. Ganhou, mudou, continuou e manteve. Santos, na Colômbia, foi eleito por Uribe que brigava com Chávez. Ganhou, mudou e fez as pazes com a Venezuela na semana seguinte. Obama jurava fechar Guantánamo. Ganhou, mudou e a manteve aberta. Bush, o maior defensor da desregulamentação dos mercados, mudou e interveio nos mercados financeiros, habitacional e tantos outros. Uma vez no governo parece haver só uma regra imutável para o candidato vencedor: quando, e se preciso for, mudar.

Qualquer presidente recém eleito terá de enfrentar esta contigência. Daí a imensa dificuldade de se afirmar se no governo Dilma ou Serra, ocorrerá isto ou aquilo. Há inclusive quem veja um certo viés machista na crença, na certeza de que mulheres tendem a obedecer mais aos homens, do que os homens aos próprios homens.

Justamente por não perceber a mutabilidade do candidato adversário, neste saudável embate democrático, tem-se até hoje a sensação de que o PSDB jamais se recuperou do decisivo, supreendente, inesperado, improvável, e até então impossível, golpe que o PT lhe desferiu, logo de início do governo Lula: mudou e manteve a política econômica de Malan/FHC!

O dólar não foi como deveria ter ido a 3,50. O PSDB até hoje se surpreende e como que se sente enganado e protesta do que, tendo sido economicamente correto, teria sido politicamente ilógico e irracional. Mudar sem avisar e sem pejo.

Se as circunstâncias mudam, você muda ou não?, perguntou Lord Keynes um dia a um seu interlocutor que o acusava de incoerência para com suas próprias teorias econômicas. A resposta é obvia. O avião desvia a rota das nuvens e raios. O investidor troca de ações e de investimentos. Os exércitos de estratégias. Os médicos mudam em plena operação, o paciente, estirado na maca, de barriga aberta. Por que seria diferente na política? Se vai haver aperto fiscal, ou maior estatização, desregulamentação, neutralização das agências ou banco central independente não se sabe de antemão. O PT, ou o próprio PSDB, ou mesmo o PMDB de mutabilidade máxima, surpreendem e mudam, e provavelmente continuarão a surpreender e a mudar, cada um a sua maneira. Apostar que dado o vencedor A, a política econômica ou social será B ou C, é apenas apostar. Nada mais.

Quem acredita que a ortodoxia, e não a mudança , é a regra maior da política e das ideias, reduz a capacidade de entender os governos. Atuais e futuros. A realidade, os partidos, os políticos, as políticas surgem então para o espectador como ilógicas, patológicas ou esquizofrênicas. Foi como o prof. R. Hausmann de Harvard classificou a atual política econômica brasileira. Classificação feita muito mais de rigidez teórica do que de isenção analítica. Por simples motivo: o que não se compreende, nao é necessariamente esquizofrênico.

Nesta época de múltiplas astrologias, além da certeza da mudança, só uma outra pode também ser considerada certa. Dizia Napoleão: as pessoas só reconhecem a autoridade quando elas as beneficiam e defendem. A eleição é apuração matemática. Decide-se em Outubro. Mas o futuro governo, não. Ele só começa em janeiro. No governo é mais fácil ser coerente do que estar certo. E aí é que está o erro.

One thought on “Astrologia política

  1. Eleições 2010 – Conspiração – Zona Franca de Manaus

    A teoria da Conspiração existe e ela se faz presente cada vez mais na vida dos brasileiros, me refiro aos perigos que o Amazonas sofrerá na escolha errada dos próximos Gestores Públicos que irão administrar o País.

    O povo, principalmente o amazonense tem que estar consciente em quem vai votar.

    Pra quem não acredita na Teoria da Conspiração lembro aos descrentes, o que os EUA faz com alguns estados menos produtivos e menos importantes. O Governo quebra literalmente as finanças locais, aumenta a tributação nas indústrias que ali se instalam, e para quê? Para não haver desenvolvimento econômico e emprego naquela região. Mas qual o objetivo? Forçar os jovens a ingressarem nas Forças Armadas. O País sabota seu próprio território.

    Outro exemplo aqui mesmo no Brasil: Certos parlamentares envolvidos com empreiteiros e construtoras que fazem grandes obras públicas, querem aprovar uma lei com a intenção de utilizar a mão de obra do Exército brasileiro, por ser uma mão de obra mais barata do que a mão de obra da construção civil, nas obras públicas. Porém não aprovam o aumento salarial dos militares. Na prática um soldado recruta que recebe uma remuneração singela mensal menor que 1 salário mínimo iria executar um serviço que um pedreiro faz cujo salário gira em torno de R$ 1.200,00 mensais. O País sabota seu próprio povo.

    Isto é só um exemplo que Conspiração existe, não apenas em filmes ou novelas, mas na vida real também.

    Muito bem, todos sabem que a Amazônia é alvo de cobiça por parte de empresários, ONGs, Organizações Internacionais, Governos etc. E isto se dá por motivos de escassez de água no planeta, biodiversidade natural, aquecimento solar e planetário, madeira, e por que não petróleo e gáz?

    (Breve explanação da realidade). Hoje em dia só se invade território alheio a base de míssil e técnicas avançadas de guerra, quando naquela região invadida existe uma ditadura, que serve de pretexto para países mais poderosos invadirem aquela região, demonstrando uma imagem de ação libertadora.

    O que não acontecerá no Brasil, pois trata-se de um país Democrático ( pelo menos na hora do voto). Jogar míssil num país democrático seria ruim para imagem do país invasor.

    Neste caso a invasão é muito mais perigosa, ela é silenciosa e inteligente.

    Voltando ao assunto: Além da teoria da Conspiração, supramencionada, gostaria de destacar a Teoria Territorial ou Ocupacional, ou seja, não se invade um terreno alheio tendo em vista que ele já esta ocupado.

    Então conclui-se que para evitar uma invasão indesejada numa determinada região, basta ocupá-lo! Caro leitor, agora reflita: O que é necessário para tomar ou invadir este território? Ora, basta desocupá-lo!

    Vamos agora da teoria à prática, a Zona Franca de Manaus – ZFM foi criada tendo como propósito, dentre outros, manter a ocupação territorial brasileira na região amazônica.

    Como esta região, hoje é alvo de grande interesse e cobiça internacional já mencionado anteriormente e a ZFM é responsável pelo desenvolvimento econômico que gera a empregabilidade na região, mantento a ocupação populacional. Qual seria a estratégia para invadir este território? Desocupando-a, e como seria? Acabando com a Zona Franca de Manaus.

    Mas seria fácil acabar com a ZFM e a curto prazo? Claro que não!

    Como isto se concretizaria? Ora, colocando pessoas no Poder. Isso mesmo, um falso Presidente, um falso Deputado, um falso Senador com envolvimento com Bancos e Grupos Econômicos Internacionais, a trabalho dos interesses destas Organizações.

    Aí que entra a Teoria da Conspiração.

    Caro leitor tome muito cuidado com os lobos transvestidos de cordeiros. Pensem e reflitam nas pessoas que estão querendo o seu voto. Por que é só o seu voto que eles querem. O seu conforto, a sua proteção e o seu bem estar que se dane. ( e aqui abro um parênteses: Não votem nos artistas, cantores, palhaços, comediantes, prostitutas, dançarinas etc… que aproveitam seu momento de fama para se candidatarem. Por que enquanto o povo brasileiro elege este tipo de gente para gestoriar e fiscalizar nosso País, as outras nações possui pessoas cultas que falam cinco idiomas, Mestres e Doutores em economia, Administração Financeira, Legislação, Estratégia de Guerra avançada, etc.., nesta disputa quem vencerá?)

    Estas são as súplicas de um brasileiro que já consegue enxergar as garras destes invasores em nosso território e que teme por um Brasil com seu espaço reduzido e concentrado bem abaixo da Linha do Equador.

    Divulgue esta idéia para seus contatos. Merecemos um Brasil melhor e seguro!

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