A esta altura da vida e com a experiência que adquiri, não movo um músculo com o vai-vem tradicional dos períodos pré-eleitorais. Estou muito tranquilo quanto ao pleito que se aproxima.
Quero registrar o agradecimento pelas inúmeras manifestações que venho recebendo. Meus colegas, Senadores, da tribuna inclusive, ressaltam meu papel na atual legislatura, o esforço enorme, com sacrifício pessoal, para defender a instituição Senado Federal e o dano que ocorreria, na opinião deles, com minha ausência na Casa.
O episódio em que comandei a derrubada da CPMF, um imposto cuja contribuição ao País e ao sistema econômico nacional se havia esgotado, está bem vivo na memória de todos, pela beleza da articulação política obtida, sensibilizando até mesmo parte da base aliada governista.
Funcionários da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), de todos os escalões, lembram-me – alguns até mais do que eu próprio recordo – de minha atuação em defesa do modelo de desenvolvimento da nossa região.
Um deles mostra-se emocionado ao falar das vezes em que parei tudo no Senado, para impedir que os interesses legítimos dos brasileiros amazonenses fossem atingidos. Outro refere-se à contribuição que ofereci ao amplíssimo movimento de reposicionamento da imagem do Pólo Industrial de Manaus (PIM), a começar pela retirada oficial do nome “Zona Franca”, mostrando ao Brasil a importância do mesmo na preservação da Floresta Amazônica.
Ouço de estudantes e professores da Ufam o apelo para que me mantenha na luta. E deles recolho inúmeras manifestações carinhosas, pelo trabalho junto à instituição, desde meu pai, autor do projeto de criação da mesma, na Câmara Federal, e que teve a felicidade de defendê-lo em toda a tramitação, uma vez que em seguida se tornou Senador, até meu mandato de prefeito de Manaus – com reforço ao restaurante universitário, fim da agonia dos estudantes com o sistema de transporte coletivo e apoio econômico do poder municipal à Reitoria, para não deixar que a universidade sucumbisse.
Essa parceria se estendeu a todos os reitores e está disponível para a Doutora Márcia Perales, que certamente manterá o trabalho de ampliação e estruturação feito pelo Doutor Hidembergue Frota.
Recolho todo esse arsenal de manifestações com emoção. Elas se dão aos milhares nas ruas. Dificilmente poderia haver algo tão favorável ao meu posicionamento, quanto à reeleição para o Senado.
Não tenho tido um fim de semana inteiro de descanso. Faz tempo que não sei o que é isso. Quando não estou aqui no Amazonas, trabalhando, é porque fui convocado às pressas para algum encontro dos dirigentes nacionais do meu partido, o PSDB, ou a reuniões da bancada que dirijo ou, ainda, algum evento de Senador em particular.
Essa foi minha escolha. A vida pública é meu sacerdócio. O embate na tribuna, carregado de adrenalina, é meu elemento. O que para muitos seria um revés, se transforma em poderosa arma política em meu favor.
A vitória virá no momento certo.