O desastre da educação no município

Aproveito a passagem do Dia do Professor (comemorado ontem) para denunciar o desastre que tem sido promovido na rede pública municipal de educação, nos últimos 10 meses, e ao mesmo tempo reconhecer o esforço, a dedicação e o amor à arte de ensinar que move professores e professoras do Município.

A demissão de profissionais de serviços gerais, de merendeiras, vigias, a falta de merenda escolar, a paralisação das obras de reforma das escolas (Cândido Honório – Alvorada e Vicente de Paula – Japiimlâmdia, por exemplo), o cancelamento da construção das bibliotecas públicas, a falta de manutenção elétrica e a anulação de recursos para merenda escolar e construção de creches, pelo Prefeito, tornam caótico o estado da educação municipal.

Nesses momentos de dificuldades e irresponsabilidades dos governantes, ressalta-se a dedicação e o amor ao saber de professores e profissionais da educação que, podendo optar pela omissão e pelo desprezo, optam pelo compromisso social com seus alunos e a comunidade. Homens e mulheres que se desdobram, que de professores, tornam-se merendeiras, faxineiros, eletricistas, administradores e o que preciso for para não ver a escola parar. Que reagem com desprendimento e superação ao descompromisso do seu chefe com a educação.

Não fossem esses educadores e educadoras, muitas, das mais de 400 escolas municipais, estariam paradas, milhares de alunos sem aulas, milhares de pais sem tranqüilidade e o povo sem a esperança no futuro. Não fossem esses homens e mulheres, o futuro talvez nem existisse.

Mas, enquanto o desastre na rede pública municipal de ensino se agrava e todas essas demonstrações de amor de professores e professoras afloram nas escolas municipais, o Prefeito curte sua pescaria nas águas tranqüilas do Rio Negro.

Amazonino governa Manaus como Sancho Pança que, para tranqüilizar a dúvida de Dom Quixote sobre sua habilidade para governar um condado, disse que se valeria de homens que tomam de arrendamento os Estados dos senhores e lhes dão um tanto por ano, tratam do governo, para que o verdadeiro senhor fique “de perna estendida, gozando a renda que lhes dão, sem se importar com mais nada”.

Marcelo Ramos é advogado e vereador pelo PSB.

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