A Pátria e o Amazonas

Comemoro esta Semana da Pátria na maturidade dos meus 30 anos de vida pública. Olho para trás e me vejo, antes mesmo de disputar o primeiro mandato, caminhando e cantando nas ruas de um Rio de Janeiro da militância estudantil, enfrentando a ditadura, peito aberto, coração em disparada, disposto a tudo pela liberdade. Miro o presente e me fortaleço ainda mais na determinação de defender a instituição Senado Federal, em meio à grave crise em que se encontra. E percebo, com base em toda essa luta, que o futuro auspicioso da nossa Pátria Mãe Gentil se nutre dessas coisas.

É bom ajudar a construir a História, ainda que possa chamar de sua apenas uma modesta parte do processo.

O Amazonas, que ontem comemorou a Elevação à Categoria de Província, deu um salto à frente ao consagrar nacionalmente a idéia de que o Pólo Industrial de Manaus (PIM) é fundamental para a preservação da Floresta Amazônica. A ditadura não pensava nisso. As multinacionais que aqui se estabeleceram, tampouco. Nem burocratas, nem teóricos de qualquer latitude, em momento algum, ao traçar o planejamento dessa pujante estrutura econômica, imaginou que as coisas atingiriam esse ponto. Aconteceu, pura e simplesmente.

Coube a nós todos, políticos, empresários, economistas, população em geral – hoje armada dessa poderosa ferramenta que é a Internet – disseminar essa constatação pelo País. E, hoje, com base nesse trabalho conjunto, do qual tive orgulho de participar, sistematicamente, vivemos fase institucionalmente tão sólida que considero quase impossível alguém imaginar o fim do nosso modelo de desenvolvimento.

O Brasil, em minha análise bem pessoal, perdeu o bonde da prosperidade mundial e cresceu menos que poderia nos últimos anos – basta ver que, em 2005, apenas o Haiti não nos superou em crescimento.

Fizemos nossa parte na economia, porém, desonerando as empresas e os cidadãos da CPMF, num belo momento de vitória da Democracia.

O Amazonas, Terra Amada, e a Pátria, Berço Esplêndido, têm o melhor de mim.

Vivo a política com a intensidade do sonho e da esperança. Para mim não é desvantajosa a troca das viagens no Circuito Elizabeth Arden, ao qual teria acesso rotineiro em minha profissão de Diplomata, pela tensão da tribuna ou da noite indormida no beiradão. Gosto do que faço, como poucos. Trabalho e penso em minha atividade as 24 horas do dia. Pode ser que para muitos isso seja extremado demais, mas esse é o meu modo de servir à Pátria.

Chego, portanto, a esta Semana da Pátria mais consciente que nunca da necessidade de empenho no que faço para ajudar na construção do melhor futuro.

O Amazonas e o Brasil podem contar comigo. Sempre.

PS: Leio que o governador Eduardo Braga está preocupado com quem, interna ou externamente, joga contra a preparação de Manaus para a Copa do Mundo. E conclama a união de diversas lideranças do Estado, entre as quais eu próprio. Como sempre disse, a Copa não é um jogo e seus desdobramentos serão altamente benéficos para o Amazonas. Estou à disposição, da mesma forma como agi, na condição de relator da matéria no Senado – obstruindo, inclusive, todas as votações da Casa, até que o Planalto enviasse a mensagem correspondente -, ajudando a liberar os US$ 70 milhões para a segunda fase do Prosamim.

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